A sul-coreana Samsung, conhecida globalmente por seus smartphones de última geração, também atua em um segmento muito mais restrito: o militar. A empresa desenvolve versões modificadas de seus aparelhos especialmente voltadas para as Forças Armadas dos Estados Unidos, adaptando hardware e software para uso em missões críticas.
Um dos principais modelos utilizados é o Galaxy S23 Tactical Edition, baseado no smartphone comercial, mas amplamente adaptado para o campo de batalha. Ele traz recursos como bloqueio de sinais de rádio — essencial para missões sigilosas —, compatibilidade com equipamentos táticos como rádios e GPS externos, além de uma interface preparada para uso com luvas ou em condições de baixa visibilidade, como o uso com visão noturna.
Outro dispositivo fornecido é o XCover6 Pro Tactical Edition, com estrutura ainda mais robusta. Ambos os modelos atendem a exigências severas de durabilidade e conectividade segura, sendo usados em diferentes tipos de operações. Juntos, eles formam um ecossistema de comunicação portátil e confiável para militares em campo.
Aproximadamente 12 mil unidades desses celulares são fornecidas por ano ao exército norte-americano, com valores que ultrapassam os US$ 1.300 por unidade. Ainda que a Samsung seja uma empresa estrangeira, a parceria com os EUA já dura cerca de uma década, mostrando um alto grau de confiança mútua. Curiosamente, apesar da origem sul-coreana da fabricante, esses aparelhos não são permitidos para uso militar dentro da Coreia do Sul, devido a exigências locais que envolvem mecanismos de autodestruição rápida — algo que os modelos atuais não oferecem.
A iniciativa reforça a presença da Samsung em áreas de alta segurança, consolidando sua posição não apenas no mercado de consumo, mas também em setores estratégicos globais. Enquanto empresas como Apple se mantêm focadas no público civil, a Samsung amplia seu alcance com soluções adaptadas à guerra moderna.
