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Vazamento de Microfone Expõe Subserviência de Zuckerberg a Trump em Jantar na Casa Branca

CEO da Meta foi flagrado perguntando a Trump ‘qual número’ o presidente queria que ele usasse para estimativas de investimento, gerando uma onda de críticas sobre a relação entre o poder político e os gigantes da tecnologia.

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, tornou-se alvo de duras críticas online após um microfone aberto flagrar o que parece ser uma tentativa de alinhar suas respostas com a preferência do presidente Donald Trump. O incidente ocorreu durante um evento de tecnologia na Casa Branca, na última quinta-feira, quando Trump questionou publicamente o magnata sobre os planos de investimento da Meta em infraestrutura de inteligência artificial nos Estados Unidos.

Visivelmente desconcertado com a pergunta, Zuckerberg respondeu: “Oh, céus… quer dizer, acho que provavelmente será algo como, não sei, pelo menos US$ 600 bilhões até 2028 nos EUA”. Momentos depois, durante um intervalo no jantar, um microfone vazado captou Zuckerberg dizendo a Trump: “Me desculpe, eu estava pronto para fazer o nosso… Não tinha certeza com que número você queria ir”.

Da Ameaça à Aliança: A Nova Relação Trump-Zuckerberg

A aparente subserviência de Zuckerberg ao presidente marca uma mudança sísmica na relação entre os dois. Desde a segunda posse de Trump, no início deste ano, o tom entre eles tem sido notavelmente amigável, um contraste gritante com declarações de agosto de 2024, quando o presidente ameaçou o CEO da Meta. “Estamos observando ele de perto e, se ele fizesse algo ilegal desta vez, passará o resto da vida na prisão”, disse Trump na época, em referência a alegações da direita de que as plataformas da Meta silenciavam vozes conservadoras.

Como parte dessa reaproximação com o presidente republicano, Zuckerberg efetivamente removeu os controles internos de moderação de conteúdo de suas empresas, optando pelo modelo de “notas da comunidade” popularizado por Elon Musk no X. Essa mudança foi vista como um aceno às críticas da base de Trump.

Reações e a Inviabilidade Financeira

O episódio na Casa Branca não passou despercebido. A deputada democrata Mary Gay Scanlon postou no X: “É embaraçoso até onde os bilionários da tecnologia vão para bajular Trump. Agora eles estão simplesmente inventando números enquanto prejudicam o povo americano”.

O jornalista Paul Farhi destacou a inviabilidade financeira da cifra citada. “Em 30 de junho, os ativos da Meta estavam avaliados em US$ 295 bilhões. Portanto, US$ 600 bilhões pressupõem um empréstimo de mais do que o dobro de seu valor contábil. Para um ano de investimento de capital”, escreveu ele. “É o tipo de declaração mais absurda que o CEO de uma empresa de capital aberto pode fazer”.

Credibilidade em Jogo

O incidente na Casa Branca serve como uma ilustração contundente da complexa e muitas vezes desconfortável relação entre o Vale do Silício e o poder político em Washington. A aparente disposição de um dos principais CEOs de tecnologia do mundo para moldar narrativas econômicas sob pressão política levanta questões profundas sobre a independência corporativa, a influência de líderes na economia e a credibilidade da indústria de tecnologia em uma era de extrema polarização.

Traduzido e adaptado de agências de notícias internacionais

Redação do Movimento PB [MGN-OOG-07092025-F2C9B4-15P]


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