Ciências

“Luz da Vida” que Se Apaga após a Morte é Detectada em Seres Vivos

Estudo descobre que seres vivos emitem uma “luz da vida” (UPE), que desaparece após a morte, com aplicações na saúde e agricultura.

Uma Luz Invisível

Cientistas da Universidade de Calgary, no Canadá, revelaram que todos os seres vivos, de animais a plantas, emitem uma luz extremamente fraca, chamada Emissão de Fótons Ultrafraca (UPE). Invisível a olho nu, essa “luz da vida” é gerada por reações bioquímicas no organismo e some após a morte, conforme estudo publicado no The Journal of Physical Chemistry Letters em 15 de junho de 2025.

Como Foi Descoberto

Os pesquisadores usaram ambientes escuros e controlados para medir a UPE em camundongos e plantas. Em camundongos vivos, a luz era mais intensa, mas em animais recém-falecidos, praticamente desaparecia. Em plantas, um aparelho sensível (EMCCD) captou variações na UPE quando submetidas a estresses, como calor. A intensidade da luz aumentava com temperaturas mais altas, mostrando sua ligação com a vitalidade.

Para Entender de Forma Simples

Pense na UPE como um brilho sutil que todo ser vivo emite, como uma vela que pisca enquanto há vida. Esse brilho vem de reações químicas no corpo, como a produção de energia nas células. Quando a vida acaba, a “vela” se apaga. É um sinal científico, não mágico, que pode mostrar se um organismo está saudável ou sob estresse.

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Por Que Isso Importa

A UPE pode revolucionar a ciência. Em humanos e animais, medir essa luz pode indicar o estado de saúde, ajudando a detectar problemas metabólicos antes que se agravem. Em plantas, a técnica pode monitorar o impacto de secas ou pragas, otimizando a agricultura. Por exemplo, saber quando uma planta está “sofrendo” pode economizar água e aumentar a produtividade.

Aplicações Práticas

Na medicina, a UPE pode ser usada para diagnósticos precoces, como identificar alterações em pacientes antes de sintomas visíveis. Na agricultura, sensores de UPE podem ajudar fazendeiros a irrigar apenas quando necessário, reduzindo custos e desperdício. A pesquisa ainda está no começo, mas os cientistas já planejam testar a UPE em diferentes condições, como doenças ou mudanças climáticas.

O Futuro da Descoberta

A “luz da vida” conecta todos os seres vivos por um processo universal. À medida que a ciência avança, a UPE pode se tornar uma ferramenta comum em clínicas e fazendas, trazendo benefícios práticos. A descoberta reforça como a curiosidade científica revela segredos da natureza, com potencial para melhorar a saúde e a sustentabilidade em escala global.

Fontes: Com informações de G1 e The Journal of Physical Chemistry Letters.

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