Do Nobel à Paraíba: Prêmio de Física que revelou o mundo quântico em larga escala é a ciência que vai transformar nosso estado

Enquanto o mundo celebra o trio que tornou o quântico visível, Paraíba se prepara para receber o primeiro computador quântico do Brasil, um passo de soberania tecnológica que nos coloca na vanguarda da próxima grande revolução global.

A Academia Real de Ciências da Suécia anunciou nesta terça-feira (7) os vencedores do Prêmio Nobel de Física de 2025, laureando o trio de cientistas John Clarke, Michel H. Devoret e John M. Martinis. O reconhecimento veio por um feito considerado revolucionário: eles conseguiram observar e controlar efeitos da mecânica quântica, normalmente confinados ao mundo invisível dos átomos, em um circuito elétrico visível a olho nu. Enquanto o mundo aplaude essa fronteira da ciência, a notícia ecoa de forma especial aqui na Paraíba, pois esta física de vanguarda, que parece tão distante, é exatamente a tecnologia que está prestes a transformar nosso estado no berço da computação quântica no Brasil.

A pesquisa dos laureados foi um marco. Utilizando um chip de um centímetro com um circuito elétrico supercondutor, eles provaram que fenômenos bizarros como o “tunelamento quântico” e a “quantização de energia” não acontecem apenas com partículas isoladas, mas também com sistemas contendo bilhões de elétrons agindo em uníssono. Eles, essencialmente, construíram uma ponte entre o estranho mundo quântico e o nosso mundo macroscópico, abrindo as portas para a tecnologia que hoje chamamos de computação quântica.

Para quem não é da área, podemos simplificar alguns termos…

A física quântica é o estudo do comportamento da matéria e da energia em escala atômica e subatômica, um mundo com regras muito diferentes das que experimentamos. O “tunelamento quântico”, um dos feitos observados pelos Nobel, é a capacidade de uma partícula atravessar uma barreira sólida, como uma bola de gude que magicamente atravessa uma parede de vidro. A “quantização de energia” significa que a energia não é contínua, mas existe em “pacotes” (quanta); é como se uma escada só permitisse que você pisasse em degraus específicos, e não entre eles. A computação quântica usa esses e outros fenômenos estranhos para criar computadores exponencialmente mais poderosos do que qualquer supercomputador que existe hoje.

Da Suécia para a Paraíba: O Futuro é Aqui

E é aqui que a história do Nobel se conecta diretamente com o nosso futuro. Em uma parceria histórica com o Governo Federal, foi anunciado que a Paraíba sediará o primeiro computador quântico do Brasil. O governador João Azevêdo e a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, consolidaram o acordo que representa um dos maiores investimentos em tecnologia da história do Nordeste. “Vamos garantir o desenvolvimento e a transferência tecnológica do primeiro computador quântico do Brasil, que será instalado na Paraíba. É uma iniciativa que fortalece nossa soberania nacional”, afirmou a ministra.

O físico paraibano Percival Henriques, especialista em governança digital e colunista do Movimento PB, que acaba de retornar de uma missão em Xangai para discutir a cooperação acadêmica e ver de perto o computador quântico que virá da China para a Paraíba, reforça o impacto da novidade. Segundo ele, essa tecnologia vai revolucionar tudo, desde a descoberta de novos medicamentos até a segurança digital. “Protocolos de troca de chaves em redes quânticas tornarão obsoleta a criptografia como a conhecemos”, explica Henriques. Isso significa que a segurança de bancos, governos e de toda a nossa vida digital precisará ser reinventada, e a Paraíba estará no centro desse processo.

A premiação do Nobel de Física de 2025 não é, portanto, uma notícia distante sobre cientistas em laboratórios estrangeiros. É a celebração dos fundamentos teóricos que sustentam o projeto mais ambicioso e transformador da história recente da Paraíba. Deixamos de ser meros espectadores da revolução tecnológica para nos tornarmos protagonistas. O futuro quântico, que o mundo hoje aplaude, está fincando suas raízes em solo paraibano, um passo ousado que redefine o papel do nosso estado no mapa da ciência e da inovação global.

Redação do Movimento PB

Redação do Movimento PB [NMG-OGO-07102025-A5B2C8-13P]