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Exército Brasileiro Estuda Fabricação de Drones com Impressão 3D nos Arsenais de Guerra

Exército Brasileiro explora impressão 3D para fabricar drones nos Arsenais de Guerra, visando inovação e autonomia tecnológica.

Iniciativa Inovadora

Nos dias 11 e 12 de junho de 2025, durante a 41ª Reunião dos Diretores de Arsenais de Guerra (REDAG) em Brasília, o Exército Brasileiro anunciou estudos para fabricar Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARPs) utilizando impressão 3D nos Arsenais de Guerra. A iniciativa, conduzida pela Diretoria de Fabricação (DF), busca atender demandas específicas da força, ampliando a capacidade industrial e a autonomia tecnológica do Brasil.

Contexto da Reunião

A REDAG, realizada no Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), reuniu representantes do Estado-Maior do Exército (EME), Comando Logístico (COLOG) e outros órgãos para discutir inovações no Sistema de Fabricação (SisFab). Além dos drones, foram apresentados projetos como a produção de placas reforçadoras de solo para viaturas blindadas e peças para o sistema de armas REMAX, demonstrando o potencial industrial dos arsenais.

O Potencial da Impressão 3D

A manufatura aditiva, ou impressão 3D, permite criar peças complexas com rapidez e baixo custo, usando materiais como polímeros e metais. No contexto militar, a tecnologia pode agilizar a produção de drones para missões de reconhecimento, vigilância e apoio tático. A iniciativa é inspirada em casos internacionais, como a Rússia, que testa impressão 3D para peças de tanques desde 2015, embora com desafios na qualidade de materiais metálicos.

Impacto Estratégico

A fabricação de ARPs nos Arsenais de Guerra de São Paulo (AGSP), Rio de Janeiro (AGR) e General Câmara (AGGC) pode reduzir a dependência de fornecedores externos e acelerar respostas em cenários operacionais. O projeto está em fase inicial, com estudos para definir doutrina e viabilidade técnica, mas reforça o compromisso do Exército com a inovação. A assinatura do Programa Interno de Trabalho (PIT) 2026, durante a REDAG, formalizou o planejamento.

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Desafios e Próximos Passos

Embora promissora, a produção de drones via impressão 3D enfrenta obstáculos, como a necessidade de testes rigorosos para garantir a resistência das peças, especialmente metálicas, em condições de combate. Comentários em fóruns sugerem que o processo pode levar anos, com fases de estudos, grupos de trabalho e validação doutrinária antes da produção em escala. A capacitação de pessoal e investimentos em infraestrutura serão cruciais.

Um Passo para a Soberania

A iniciativa alinha o Exército Brasileiro à vanguarda tecnológica, seguindo exemplos de forças armadas que já utilizam impressão 3D, como os EUA, que produzem peças para navios e armaduras. Ao desenvolver drones nos arsenais, o Brasil avança na autossuficiência militar, fortalecendo sua capacidade de resposta e inovação em defesa.

Fontes: Com informações de Defesa Aérea & Naval e TecMundo.

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