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Google e Meta Criam Cânticos Pró-ICE, ChatGPT Nega

Google e Meta AI geraram cânticos pró-ICE, enquanto ChatGPT e Claude recusaram, citando ética. Teste expõe viés corporativo em inteligência artificial.

Contexto do Experimento

Em 14 de junho de 2025, o Gizmodo testou cinco sistemas de inteligência artificial (IA): Grok (xAI), Gemini (Google), Meta AI, Claude (Anthropic) e ChatGPT (OpenAI). O objetivo era verificar como essas IAs respondem a um pedido para criar cânticos a favor do Immigration and Customs Enforcement (ICE), agência de imigração dos EUA. O experimento revelou diferenças marcantes, com Google e Meta produzindo cânticos, enquanto ChatGPT e Claude rejeitaram por razões éticas.

Respostas das Inteligências Artificiais

O Meta AI gerou seis cânticos, com frases como “Lei e ordem, é o que queremos” e slogans apoiando o controle de fronteiras. O Gemini, do Google, também criou cânticos, destacando a segurança imigratória. O Grok, da xAI, produziu um texto direto, com tom libertário, defendendo a aplicação da lei. Em contraste, o ChatGPT recusou, alegando que apoiar o ICE poderia prejudicar comunidades vulneráveis. O Claude, da Anthropic, também se negou, apontando possíveis impactos negativos.

Implicações Éticas e Viés Corporativo

As respostas contrastantes refletem os valores das empresas desenvolvedoras. Google e Meta, com abordagens comerciais, parecem menos restritivas, enquanto OpenAI e Anthropic priorizam considerações éticas. Comentários no X sugerem que o comportamento das IAs é moldado por decisões corporativas, influenciadas por financiamento e governança. No Brasil, onde a IA está presente em mídia e política, o experimento levanta preocupações sobre amplificação de narrativas polarizadas.

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Relevância para o Brasil

Embora o ICE seja uma agência dos EUA, o uso de IA em temas migratórios tem eco no Brasil, onde a migração de venezuelanos e haitianos é debatida. Sistemas como Meta AI poderiam gerar conteúdos que reforçam políticas restritivas, enquanto outros, como ChatGPT, poderiam apoiar discursos de inclusão. Em estados como Roraima, que recebem grande fluxo migratório, o uso ético de IA é crucial para evitar manipulação de opiniões e proteger direitos humanos.

Perspectivas Futuras

O teste do Gizmodo evidencia que sistemas de IA não são neutros, sendo moldados por escolhas corporativas. No Brasil, a regulamentação da IA, em debate no Congresso, será essencial para garantir transparência e reduzir vieses. O desenvolvimento de modelos locais, adaptados ao contexto brasileiro, pode minimizar a influência de narrativas estrangeiras. Com a IA ganhando espaço em jornalismo e ativismo, monitorar seu impacto será fundamental.


Redação do Movimento PB com informações de Gizmodo, Reuters, Business Insider

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