Invenção de 233 anos revoluciona a computação quântica e pode acabar com um dos maiores desafios da tecnologia


Pesquisa na Áustria aprimora sistema de resfriamento dos qubits e abre caminho para novas aplicações

Uma invenção de 233 anos pode estar prestes a transformar a computação quântica. Pesquisadores do Instituto de Ciência e Tecnologia da Áustria (ISTA) desenvolveram um método para substituir cabos elétricos por fibra óptica em computadores quânticos, reduzindo significativamente a geração de calor nesses sistemas.

A computação quântica, que surgiu em 1981 como alternativa aos computadores tradicionais, utiliza qubits — unidades de processamento que operam com princípios quânticos, permitindo cálculos extremamente complexos. No entanto, esses sistemas exigem temperaturas próximas do zero absoluto para funcionar, o que demanda resfriamento altamente custoso.

A introdução da fibra óptica mitiga o problema ao permitir a transmissão de sinais por luz em vez de eletricidade, diminuindo o calor gerado. Além disso, a inovação proporciona maior largura de banda e reduz interferências eletromagnéticas, melhorando o desempenho das máquinas.

Contudo, um desafio persiste: os qubits não processam sinais ópticos diretamente. Para contornar essa limitação, os cientistas utilizaram um transdutor eletro-óptico que converte os sinais ópticos em micro-ondas compreensíveis para os qubits. Essa solução aumenta a quantidade de qubits utilizáveis e viabiliza a conexão entre diferentes computadores quânticos em temperatura ambiente por meio de fibra óptica.

Embora o sistema ainda esteja em fase experimental, o avanço pode impulsionar o desenvolvimento da computação quântica e ampliar suas aplicações em inteligência artificial e outras áreas de alta complexidade.

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