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Marcelo Braga, CEO da IBM, antecipa lançamento de nova IA

Marcelo Braga, CEO da IBM, antecipa lançamento de nova IA

A evolução da inteligência artificial tem avançado em um ritmo quase difícil de acompanhar e isso não deve desacelerar tão cedo. Durante a primeira edição do evento Zoox Data Revolution, Marcelo Braga, CEO da IBM, afirmou que a velocidade das transformações tecnológicas é certa quanto os ciclos da própria vida. Ele declarou: “A gente tem duas certezas na vida: um dia vamos deixar esse plano e vai sair a IA mais moderna essa semana”.

O comentário do executivo ocorreu no painel ‘Techs em Foco: O futuro da tecnologia e dos negócios’, que reuniu algumas das principais figuras do ecossistema de tecnologia no Brasil, incluindo a presidente da Vtex, Rafaela Rezende, e o diretor-geral da AWS Brasil, Cleber Morais. A mediação foi feita por Ricardo Natale, CEO da Experience Club.

Braga também fez um resgate da trajetória da IBM no Brasil, que já dura 108 anos. Ele mencionou que a empresa passou por diversas eras tecnológicas e continuou relevante por meio da reinvenção constante. “Esse é o 100 anos em uma frase”, destacou ao descrever a transição de fatiadores de frios a máquinas de escrever, PCs, e-commerce e agora a era da inteligência artificial com a futura era quântica em vista.

No decorrer da discussão sobre o papel da inteligência artificial, ele enfatizou um dilema inédito que a sociedade enfrenta: a inversão de papéis entre o usuário e a tecnologia. Agora, não é apenas o usuário que aprende a operar uma tecnologia, mas sim a tecnologia que aprende a ouvir o usuário. “Qualquer um que tem um celular, que tem um WhatsApp, está usando uma IA ou pode usar uma IA”, ressaltou.

A nova IA e os desafios corporativos

Além das promessas da nova IA, Braga ressaltou que sua implementação traz novas responsabilidades. No ambiente corporativo, a questão não se limita a utilizar a IA, mas abrange como treiná-la, quais limites estabelecer e quais cuidados adotar para assegurar que ela responda de maneira apropriada. Essa responsabilidade implica discussões sobre guardrails, propósito do modelo, qualidade dos dados e riscos operacionais.

Por outro lado, a IBM também enfrenta um dilema em função da corrida por eficiência impulsionada pela inteligência artificial. Recentemente, a empresa anunciou sua intenção de demitir milhares de funcionários globalmente, redirecionando seu foco para áreas de maior crescimento em consultoria e software de inteligência artificial. Segundo a companhia, essa medida deve afetar uma “porcentagem baixa de um dígito” de sua força de trabalho global, composta por 270 mil colaboradores no final do ano anterior, seguindo um movimento já observado em outras gigantes do setor, como Amazon, Meta e Google.

[Da redação do Movimento PB]
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