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Reino Unido autoriza primeiro escritório de advocacia movido por IA

Visão Geral do Tema

O Reino Unido deu um passo inédito ao autorizar o funcionamento de um escritório de advocacia operado exclusivamente por inteligência artificial. O escritório, chamado Garfield.Law, foi aprovado pela Solicitors Regulation Authority (SRA), órgão regulador da advocacia inglesa e galesa, com foco em automatizar serviços jurídicos de baixo risco, como cobranças e notificações extrajudiciais.

Impacto para o Setor

Essa decisão abre um novo debate sobre o papel da IA no direito e a redefinição dos limites da profissão. Segundo Philip Young, fundador da Garfield.Law, a automação total visa reduzir custos, acelerar processos simples e ampliar o acesso à justiça, especialmente para pequenos negócios e cidadãos sobrecarregados por taxas legais tradicionais.

Especificações Técnicas e Desempenho

A plataforma de IA funciona como uma assistente processual para pequenas causas (até £10 000), oferecendo custos a partir de £2 por carta inicial e até £50 para elaboração de documentos – todos revisados por advogados humanos que mantêm supervisão e responsabilidade legal . A tecnologia não pode sugerir jurisprudência, evitando alucinações algorítmicas, e exige aprovação do cliente em cada etapa.

Disponibilidade e Parcerias

Garfield.Law foi autorizado formalmente em maio de 2025 pela SRA, após avaliação minuciosa de seus sistemas de qualidade, confidencialidade, seguro profissional e mitigação de riscos exclusivos da IA. Advogados nomeados permanecem legalmente responsáveis por todo o serviço oferecido.

Contexto de Mercado e Concorrência

O modelo da Garfield.Law surge num momento em que a tecnologia tem transformado setores tradicionais. A iniciativa, considerada “um marco” por figuras como o CEO da SRA, Paul Philip, sinaliza um caminho regulatormente permissivo em direção à inovação legal. A opinião no meio jurídico é dividida — alguns veem como um avanço em acesso à justiça, outros alertam para os riscos éticos e técnicos dessa automação.

Da redação com informações de Financial Times e Solicitors Regulation Authority [PTG‑OAI‑07082025‑1545‑4OT]

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