Resfriamento Magnético: A Tecnologia que Promete Substituir Ar-Condicionados e Ventiladores

Pesquisadores desenvolvem sistema de resfriamento por magnetismo que elimina gases poluentes e reduz consumo energético, prometendo revolucionar climatização.

A Ciência por Trás do Resfriamento Magnetocalórico

Cientistas do Laboratório Nacional de Oak Ridge (EUA) estão avançando em uma tecnologia chamada resfriamento em estado sólido, que utiliza campos magnéticos para controlar a temperatura. O método emprega uma liga metálica de níquel, cobalto, manganês e índio, capaz de absorver e liberar calor por meio de um fenômeno conhecido como efeito magnetocalórico. Quando exposta a um campo magnético, a estrutura atômica do material vibra sincronicamente, alterando sua forma e otimizando a troca térmica.

Vantagens Ambientais e Práticas

Diferentemente dos aparelhos de ar-condicionado tradicionais, que dependem de gases refrigerantes (como o R32), o sistema magnetocalórico não emite substâncias poluentes. Além de ecológico, o processo é até três vezes mais eficiente e opera com menos ruído, segundo os pesquisadores. A tecnologia também elimina riscos à saúde associados a vazamentos de gás e reduz o consumo energético, tornando-a viável para uso residencial e industrial.

Além dos Ambientes: Eletrônicos Mais Eficientes

A aplicação do resfriamento em estado sólido não se limita à climatização de espaços. Empresas como a Frore Systems já testam a tecnologia em dispositivos eletrônicos, como computadores, substituindo ventoinhas e water coolers. Durante a CES 2024, a empresa demonstrou um sistema que mantém o desempenho de máquinas de alto rendimento sem componentes volumosos, liberando espaço em gabinetes e reduzindo custos de manutenção.

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Desafios e Próximos Passos

Embora promissor, o resfriamento magnético ainda está em fase experimental. Os cientistas buscam escalonar a produção da liga metálica e integrá-la a dispositivos comerciais. Outro obstáculo é a adaptação da infraestrutura atual, já que a tecnologia exigiria a reformulação completa de sistemas de climatização. Se bem-sucedida, a inovação pode reduzir em até 20% o consumo global de energia relacionado ao resfriamento, segundo estimativas do ORNL.

Texto adaptado de Science.org e revisado pela nossa redação.

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