As criptomoedas têm sido objeto de intenso debate, dividindo opiniões entre aqueles que as veem como um investimento legítimo e aqueles que alertam para os riscos de pirâmides financeiras modernas. Enquanto alguns enxergam nelas um potencial transformador para o futuro financeiro, outros as consideram armadilhas destinadas a colapsar, deixando prejuízos em seu rastro.
O professor Daniel Bijos Faidiga, especialista em Direito e consultor jurídico na LBZ Advocacia, esclarece que as criptomoedas são ativos digitais criados em blockchain, utilizando processos criptográficos. Embora concebidas como instrumentos de troca e reserva de valor, o aumento expressivo de seus preços ao longo do tempo as tem levado a serem vistas como investimento especulativo.
No entanto, Faidiga adverte sobre os riscos de esquemas de pirâmide, destacando a importância de Warren Buffett: “Só invista naquilo que você conhece”. A ignorância e a ganância têm alimentado esses esquemas, especialmente exacerbadas pela crise econômica da pandemia.
Um dos desafios das criptomoedas é sua intangibilidade e baixa rastreabilidade, aumentando a vulnerabilidade dos investidores. O fenômeno do “FOMO – Fear Of Missing Out” amplifica essa incerteza, sendo explorado por criminosos financeiros.
No Brasil, casos de pirâmides financeiras têm sido noticiados, evidenciando a necessidade de vigilância e informação. Perdas em investimentos desse tipo muitas vezes são irrecuperáveis.
Diante desse cenário, medidas estão sendo tomadas para combater essas práticas, incluindo projetos de lei para criminalizar condutas ilícitas relacionadas a essas fraudes.
Para os interessados nesse mercado, é crucial manter-se informado e vigilante. Embora o potencial de investimento seja real, cuidados são necessários para evitar armadilhas financeiras que podem se transformar em pesadelos.
Fonte: Congresso em Foco