Luto no rock: Perry Bamonte, do The Cure, morre aos 65

Ícone do The Cure nos deixa
Perry Archangelo Bamonte, o talentoso guitarrista e tecladista que marcou época na banda gótica The Cure, faleceu aos 65 anos. A notícia, divulgada pela banda em seu site oficial nesta sexta-feira, pegou os fãs de surpresa.
“É com imensa tristeza que confirmamos a morte de nosso grande amigo e companheiro de banda, Perry Bamonte, que faleceu em casa após uma breve doença durante o Natal”, escreveu a banda em comunicado. A nota o descreve como uma figura “calma, intensa, intuitiva, constante e extremamente criativa”, além de parte essencial da história do The Cure.
Trajetória musical
Bamonte trilhou uma longa jornada com o The Cure, desde 1984 como roadie e técnico de guitarra, até se juntar oficialmente à banda em 1990, após a saída do tecladista Roger O’Donnell. A partir daí, tornou-se membro fixo, brilhando na guitarra, baixo de seis cordas e teclado.
Sua presença é notável em álbuns icônicos como “Wish” (1992), que inclui os hits “Friday I’m in Love” e “High”, “Wild Mood Swings” (1996), “Bloodflowers” (2000) e o álbum autointitulado de 2004.
Idas e vindas
Em 2005, Bamonte foi demitido pelo líder da banda, Robert Smith, após 14 anos e mais de 400 shows. Contudo, o destino o trouxe de volta aos palcos com o The Cure em 2022, para mais 90 apresentações.
O reconhecimento de sua importância veio em 2019, com a indução ao Rock & Roll Hall of Fame junto com os demais membros do The Cure.
Último show
A última performance de Perry Bamonte com a banda aconteceu em 1º de novembro de 2024, em Londres, durante um evento especial de lançamento do álbum “Songs of a Lost World”, o primeiro em 16 anos. O show foi filmado e transformado em “The Cure: The Show of a Lost World”, um filme que chegou aos cinemas de todo o mundo e está disponível em Blu-ray e DVD.
A Associated Press descreveu “Songs of a Lost World” como “exuberante, profundamente orquestral, crescente e poderoso”, um dos melhores trabalhos da banda.
Da redação do Movimento PB.
