Economia

5 mitos que te fazem gastar mais no supermercado (e como economizar de verdade)

“Comprar em embalagens grandes é sempre mais barato”

Essa é a lógica clássica: ao levar um volume maior, o preço por quilo ou unidade deveria ser menor. A realidade, no entanto, é mais complexa. Essa “economia” pode se transformar em prejuízo por duas razões principais: o desperdício e as promoções pontuais. Você compra o pacote gigante de biscoitos, mas acaba jogando metade fora porque eles murcharam. Ou, na mesma prateleira, a embalagem menor está com um desconto tão bom que seu preço unitário fica mais baixo que o do “pacotão”.

Veredito: Compare sempre o preço por quilo ou unidade e seja honesto sobre o seu consumo real. A compra em volume só vale a pena para produtos não perecíveis que você usa constantemente.

“Marcas próprias de supermercado são de qualidade inferior”

O preconceito é forte: se é muito mais barato, deve ser pior. Mas isso é um dos maiores mitos do consumo. Em muitos casos, o produto de marca própria e o da marca famosa saem exatamente da mesma fábrica. A diferença de preço não está nos ingredientes, mas na ausência de custos gigantescos com marketing e publicidade. Para produtos básicos como açúcar, sal, farinha e itens de limpeza, a diferença de qualidade é muitas vezes imperceptível.

Veredito: Desafie o preconceito e teste. Comece com produtos de baixo risco e compare. Você pode descobrir que estava pagando a mais apenas por um rótulo bonito.

“Fazer uma ‘compra do mês’ é mais econômico”

A ideia de ir ao supermercado uma única vez para evitar compras por impulso parece inteligente, mas pode ser um desastre para itens frescos. É muito difícil acertar a quantidade de iogurtes, frios, frutas e verduras para um mês inteiro. O resultado? Comida estragando na geladeira e dinheiro indo para o lixo. Além disso, essa tática impede que você aproveite as promoções semanais de carnes e hortifrútis.

Veredito: A melhor estratégia é a híbrida. Faça uma compra mensal focada em produtos de limpeza, mercearia seca e não perecíveis. Depois, faça visitas semanais rápidas à feira ou ao supermercado para garantir os itens frescos, sempre de olho nas ofertas.

“O produto mais caro é sempre o melhor”

O preço nem sempre reflete a qualidade, mas sim o “valor percebido”, uma construção de marketing. Você realmente precisa do sal rosa do Himalaia para o feijão do dia a dia? Aquele limpador multiuso com “fórmula europeia” é comprovadamente mais eficaz que a versão básica? Muitas vezes, a resposta é não. O preço elevado está embutido na história que a marca conta, não necessariamente na performance superior do produto.

Veredito: Avalie a lista de ingredientes e a funcionalidade real do item. Não compre a propaganda, compre o produto. A simplicidade, muitas vezes, é sinônimo de economia.

“Para economizar, é preciso cortar o cafezinho”

A famosa “economia do cafezinho” prega que cortar pequenos prazeres diários resulta em uma grande economia no final do ano. Embora seja verdade que pequenos gastos somados têm impacto, focar excessivamente neles pode gerar uma “fadiga de orçamento” e desmotivação. O esforço para otimizar os grandes custos fixos pode ser muito mais recompensador.

Veredito: A chave é o equilíbrio. É mais eficaz dedicar sua energia para renegociar seu plano de internet, procurar um seguro de carro mais barato ou otimizar suas contas de luz e água do que se privar de 100% dos pequenos prazeres que tornam a rotina mais leve.

Compartilhar: