Economia

Brasil enfrenta tarifaço dos EUA, perde US$ 700 milhões e dispara nas exportações de carne com avanço histórico na China e na União Europeia

Brasil perde US$ 700 mi com tarifas dos EUA, mas cresce exportações de carne em China e União Europeia em 2025.
Entre agosto e outubro de 2025, o Brasil enfrentou um significativo desafio comercial com a aplicação de novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre a carne bovina brasileira, que resultou em uma perda aproximada de US$ 700 milhões em exportações. Apesar desse impacto preocupante, o setor brasileiro de carnes conseguiu reagir com vigor e encontrou novos caminhos de crescimento em mercados estratégicos, conseguindo um avanço histórico em destinos como China e União Europeia.

Tarifaço dos EUA e seu impacto no setor

As tarifas impostas pelos EUA refletem uma política protecionista que afetou diretamente as exportações brasileiras de carne bovina, um dos principais produtos do agronegócio do país. A medida ocasionou uma queda substancial nas vendas para o mercado norte-americano no período de três meses, causando prejuízos econômicos significativos para os frigoríficos e produtores rurais. Esse cenário expôs a vulnerabilidade do comércio exterior brasileiro frente a alterações abruptas nas regras do comércio global.

Resiliência e estratégia de diversificação de mercados

Apesar da retração no mercado dos EUA, o Brasil não só manteve seu ritmo exportador, como também ampliou sua presença mundial, especialmente em mercados que se abriram para a carne brasileira. A China, principal consumidor mundial de proteína animal, apresentou um crescimento extraordinário nas importações do produto brasileiro, impulsionado por acordos comerciais recentes e avanços diplomáticos que realçaram a confiança do mercado chinês.

Além disso, a União Europeia mostrou um desempenho também sem precedentes, com os países do bloco aumentando significativamente suas compras. Isso se deve a rigorosos protocolos sanitários cumpridos pelo Brasil e a uma crescente demanda por proteínas sustentáveis, áreas em que o agronegócio brasileiro tem investido de forma consistente.

Perspectivas e desafios futuros

Esse panorama complexo reforça a importância de políticas comerciais dinâmicas e da ampliação da base de compradores internacionais para o agronegócio nacional. O setor privado, aliado a iniciativas governamentais, tem focado em diversificação, acordos multilaterais e certificações de qualidade para reduzir a dependência de mercados específicos e ampliar a competitividade do Brasil diante das barreiras comerciais.

Outra frente crucial está no investimento em práticas sustentáveis e na transparência das cadeias produtivas, demandas cada vez mais valorizadas globalmente, sobretudo nos mercados europeu e asiático. Essas ações não apenas sustentam o avanço nas exportações, como também preservam a reputação e o desenvolvimento socioambiental do agronegócio brasileiro.

Conclusão

O cenário vivido por Brasil em 2025 ilustra um momento de desafio e transformação. Embora a imposição de tarifas pelos EUA tenha causado perdas econômicas relevantes, o desempenho robusto nas exportações para China e União Europeia demonstra a capacidade de adaptação e o potencial do país como um fornecedor global estratégico de proteína animal. Seguimos diante de um turismo comercial que exige flexibilidade, inovação e cooperação internacional para fortalecer a posição do Brasil no complexo mercado global.


[Da redação do Movimento PB]
MPB-CPG-16112025-a7d4e9c2b3-19