Apesar de um crescimento de 3,4% em 2024, o PIB brasileiro em dólares avançou apenas 0,3%, fazendo o país perder a nona posição no ranking global para o Canadá, segundo levantamento da Austin Rating.
Brasil Cai no Ranking das Maiores Economias Mundiais
O Brasil, que havia alcançado a nona posição entre as maiores economias do mundo em 2023, caiu para o décimo lugar em 2024, segundo um ranking elaborado pela agência de classificação de riscos Austin Rating. Apesar de um crescimento robusto de 3,4% no ano passado, o segundo maior desde 2011, o país foi ultrapassado pelo Canadá, cujo PIB em dólares apresentou desempenho superior.
A queda no ranking se deve principalmente à desvalorização do real frente ao dólar. Em 2024, a moeda brasileira perdeu 7,3% de seu valor, enquanto o dólar canadense teve uma desvalorização menor. Como resultado, o PIB brasileiro em dólares cresceu apenas 0,3%, praticamente estagnado na comparação internacional.
Câmbio e Crescimento: Uma Equação Desafiadora
Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, explica que o desempenho cambial foi determinante para o recuo do Brasil. “O Canadá, que ultrapassou o Brasil, teve uma desvalorização menor de sua moeda, ainda que tenha crescido menos em termos reais. Por isso, a perda de posição se deu mesmo pelo câmbio”, afirmou.
Enquanto o PIB do Canadá cresceu 1,6% em moeda local, menos da metade da taxa brasileira, a menor desvalorização do dólar canadense garantiu ao país um desempenho melhor na conversão para dólares. Já o Brasil, apesar do crescimento interno expressivo, viu seu avanço ser quase anulado pela desvalorização do real.
Contexto Internacional
Em 2024, o Brasil foi o vigésimo país que mais cresceu entre 64 nações analisadas pela Austin Rating, com um desempenho econômico considerado positivo. No entanto, a desvalorização cambial limitou sua capacidade de competir globalmente. O Canadá, por sua vez, consolidou sua posição como nona maior economia do mundo, beneficiando-se de uma moeda mais estável.
Perspectivas para o Futuro
O desempenho do Brasil em 2024 reforça a importância de políticas que equilibrem crescimento econômico e estabilidade cambial. Enquanto o país demonstra capacidade de expansão interna, a volatilidade do câmbio continua a ser um desafio para sua competitividade global.
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Fonte: Austin Rating
Texto adaptado de Juliana Elias da Veja e revisado pela nossa redação.
