‘Eu Posso Inclusivo’: Microcrédito de até R$ 20 mil impulsiona empreendedorismo de PcD em João Pessoa
A Prefeitura de João Pessoa, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedest), abriu inscrições até 15 de novembro para o programa ‘Eu Posso Inclusivo’, uma iniciativa que oferece microcrédito orientado e capacitação gratuita a pessoas com deficiência (PcD) e seus familiares. Com valores de até R$ 10 mil para pessoas físicas e R$ 20 mil para jurídicas, o programa visa fomentar o empreendedorismo como ferramenta de inclusão social e geração de renda. A partir de 20 de outubro, os cadastros serão feitos pelo 1Doc no site da PMJP, democratizando o acesso a oportunidades que transformam desafios em autonomia econômica.
Inscrições, triagem e processo de acesso
A triagem inicial é coordenada pela Coordenadoria da Pessoa com Deficiência, vinculada à Secretaria de Gestão Governamental e Articulação Política (Seggov), que gerencia políticas públicas para PcD na capital. Os interessados podem iniciar o contato pelo telefone exclusivo (83) 98762-0040 ou diretamente pelo portal da prefeitura. Após a análise, segue-se um atendimento presencial para verificação de documentos, orientações e encaminhamento à Sedest. Essa estrutura garante um fluxo inclusivo, priorizando a acessibilidade e evitando barreiras burocráticas que historicamente excluem grupos vulneráveis.
O programa estende benefícios a parentes em até segundo grau – pais, filhos, avós e irmãos –, reconhecendo o papel essencial dos cuidadores no dia a dia das PcD. Segundo o secretário Bruno Farias, essa abrangência atende aos “sacrifícios diários” dessas famílias, promovendo não só renda, mas dignidade coletiva. Em uma cidade como João Pessoa, marcada por desigualdades regionais no Nordeste, iniciativas assim combatem o preconceito e a falta de acessibilidade no mercado formal de trabalho, abrindo caminhos para narrativas de superação e empoderamento.
A metodologia do ‘Eu Posso Inclusivo’ é holística: além do crédito, inclui visitas técnicas ao endereço comercial, análise financeira personalizada e monitoramento pós-liberamento, assegurando a sustentabilidade dos negócios. Essa abordagem analítica diferencia o programa de meros empréstimos, transformando-o em uma política pública estratégica para o desenvolvimento local inclusivo.
Capacitação obrigatória e foco na inclusão
Como etapa eliminatória, os participantes devem completar quatro cursos preparatórios em empreendedorismo, oferecidos pela Sedest via aulas gravadas com legendas, tradução em Libras e linguagem simples. O acesso é facilitado pelo site www.euposso.joaopessoa.pb.gov.br, promovendo equidade desde o aprendizado. Esses recursos de acessibilidade não são acessórios, mas fundamentais para desmontar barreiras educacionais, alinhando-se a uma visão centro-esquerdista de educação como direito universal e motor de transformação social.
- Beneficiários diretos: PcD e familiares em linha reta ou colateral, com ênfase em micro e pequenas empresas.
- Valores e prazos: Até R$ 10 mil (físicas) ou R$ 20 mil (jurídicas), com inscrições até novembro e início de cadastros online em 20 de outubro.
- Metodologia completa: Capacitação, plano de negócios, análise de crédito e acompanhamento, visando longevidade empresarial.
Bruno Farias enfatiza que o empreendedorismo surge como alternativa viável diante de obstáculos como falta de vagas acessíveis e discriminação. Em João Pessoa, onde o desemprego entre PcD supera a média nacional, o programa não só injeta capital, mas constrói redes de apoio que fomentam a cidadania ativa e o orgulho local pela diversidade produtiva.
Impactos sociais e perspectivas de expansão
O ‘Eu Posso Inclusivo’ insere-se em uma agenda municipal de inclusão, complementando ações como rampas acessíveis e campanhas contra o capacitismo. Analistas sociais veem nele um modelo replicável para o Nordeste, onde 15% da população tem alguma deficiência, segundo o IBGE, mas oportunidades econômicas são escassas. Críticas fundamentadas apontam para a necessidade de mais divulgação em periferias e parcerias com cooperativas, garantindo que o crédito alcance quem mais precisa, sem perpetuar desigualdades de gênero ou raça entre PcD.
Para famílias paraibanas, o programa representa mais que financiamento: é um investimento em histórias reais de resiliência. Imagine uma mãe empreendendo em artesanato adaptado ou um irmão abrindo uma loja online de produtos inclusivos – esses são os frutos esperados. A longo prazo, o sucesso dependerá de avaliações independentes que meçam não só retornos financeiros, mas avanços em equidade e redução da pobreza multidimensional.
Em um Brasil ainda marcado por exclusões estruturais, iniciativas como essa provocam: e se o empreendedorismo inclusivo fosse a chave para uma economia mais humana? O ‘Eu Posso Inclusivo’ não é panaceia, mas um passo audacioso rumo a uma João Pessoa onde deficiência rima com capacidade, e inclusão, com prosperidade compartilhada. O Movimento PB celebra essa política, instando por sua ampliação e monitoramento rigoroso para maximizar impactos sociais.
Redação do Movimento PB [GKO-AIX-18102025-EUPOSS-16P]