O presidente Lula promete novos programas de crédito para incentivar a compra de alimentos em vez de dólares, sem detalhar as iniciativas.
Na sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025, durante uma cerimônia na Bahia para a entrega de obras do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o governo pretende lançar, a partir da próxima semana, novos programas de ampliação de crédito para a população. Embora não tenha fornecido detalhes sobre essas iniciativas, Lula deixou claro o objetivo: “com a medida, as pessoas não vão ‘comprar dólar’, mas vão ‘comprar alimentos'”.
Lula expressou sua visão sobre a distribuição de renda, argumentando que concentrar riqueza nas mãos de poucos gera miséria para muitos, enquanto distribuir esse mesmo recurso entre todos melhora a qualidade de vida dos brasileiros. “Por isso que vamos fazer muitas políticas de crédito nesse país. Na hora que o dinheiro começa a circular na mão das pessoas, ninguém aqui vai comprar dólar, ninguém vai depositar no exterior. Vocês vão comprar comida, vão comprar roupa, vão comprar material escolar e vocês vão melhorar a vida da cidade de vocês”, afirmou o presidente.
As declarações de Lula ocorreram em um contexto de reuniões recentes com a equipe econômica e executivos de bancos, tanto públicos quanto privados, para discutir a ampliação do crédito. Em meio a uma série de viagens pelo país para inaugurar e anunciar obras, o presidente busca reverter a percepção negativa sobre seu governo, que recentemente sofreu com a alta dos preços dos alimentos.
Na quinta-feira (6), Lula esteve no Rio de Janeiro e tem agendas previstas para o Amapá e o Pará na próxima semana. Ele também tem abordado a inflação dos alimentos em entrevistas e discursos, reconhecendo-a como um fator que impacta a avaliação do seu governo. O presidente já mencionou a necessidade de um “processo educacional” para que os brasileiros aprendam a evitar produtos caros no supermercado, sugerindo a substituição por itens similares mais acessíveis.
“Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo. Se você vai no supermercado e você desconfia que tal produto está caro, você não compra. Se todo mundo tiver a consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, porque, senão, vai estragar”, explicou Lula, ressaltando a importância do comportamento do consumidor na regulação dos preços.
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Texto adaptado de [g1] e revisado pela nossa redação.
