Petroleiros recuam no Estreito de Ormuz após ataques dos EUA
Tensões afetam rotas marítimas
Dois superpetroleiros, cada um com capacidade para 2 milhões de barris de petróleo, alteraram abruptamente seu curso no Estreito de Ormuz em 22 de junho de 2025, após ataques aéreos dos Estados Unidos contra o Irã. A escalada militar aumentou temores de retaliações, levando os navios Coswisdom Lake e South Loyalty a navegarem para o sul, afastando-se do Golfo Pérsico, segundo dados de rastreamento da Bloomberg.
Motivo do recuo dos navios
Os petroleiros, que estavam vazios, entraram no estreito, mas recuaram, refletindo a instabilidade no Oriente Médio. Desde ataques israelenses em 13 de junho, sinais eletrônicos de navios têm sofrido interferências no Golfo Pérsico. A manobra, porém, parece uma resposta direta aos ataques americanos, com operadores evitando riscos em portos de carregamento.
Impacto no setor marítimo
A mudança de rota é o primeiro sinal de reconfiguração no tráfego de petroleiros, essencial para o abastecimento global de petróleo. No mesmo dia, a Grécia orientou seus navios a evitarem o Estreito de Ormuz e buscarem portos seguros até a estabilização da região. Fretes de petroleiros já haviam subido 90% antes dos ataques, com derivativos disparando no final de 22 de junho.
Efeitos econômicos globais
O Estreito de Ormuz é vital para o transporte de petróleo do Golfo Pérsico. Interrupções podem elevar os preços do petróleo, impactando o Brasil, que depende de importações de combustíveis. A alta nos custos de frete pode encarecer produtos, afetando consumidores e indústrias.
Perspectivas para o futuro
Com a situação instável, o setor marítimo segue em alerta. Se as tensões persistirem, rotas alternativas, mais longas e caras, podem ser adotadas, pressionando os preços globais e trazendo desafios ao Brasil, especialmente no setor energético.
Com informações de: Bloomberg e The Straits Times.