Jovens Paraibanas Brilham na Robótica com Apoio do Governo do Estado

Maria Gabriela e Ana Beatriz, de 12 anos, uniram dança e robótica para se destacar na Olimpíada Brasileira de Robótica. Com incentivo do Governo da Paraíba, elas mostram que a ciência e a tecnologia também são para meninas.


Meninas na Ciência: Um Exemplo de Superação e Inovação


No Dia Internacional das Meninas e Mulheres na Ciência e Tecnologia, celebrado em 11 de fevereiro, a trajetória de Maria Gabriela dos Santos e Ana Beatriz Borges, ambas de 12 anos, ganha destaque. As jovens paraibanas uniram criatividade e tecnologia ao apresentar uma coreografia inspirada no filme Frozen, utilizando robôs programados para dançar ao som de “Quer Brincar na Neve?”. A performance garantiu a elas uma vaga na etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), realizada em agosto de 2024.

O evento contou com o apoio do Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties). O secretário Cláudio Furtado destacou a importância de iniciativas que promovam a inclusão feminina nas áreas científicas: “Projetos como o ‘Limite do Visível’ oferecem 50% das vagas para mulheres, incentivando a participação delas na ciência e tecnologia”.

Projeto Limite do Visível: Inclusão e Oportunidades


O Limite do Visível é uma iniciativa da Secties em parceria com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e a Fundação de Apoio à Pesquisa (Fapesq). O projeto oferece cursos tecnólogos em Análise de Desenvolvimento de Sistemas e Ciência de Dados, destinando metade das vagas para mulheres. No último edital, quase 500 oportunidades foram disponibilizadas, reforçando o compromisso com a equidade de gênero na ciência.

A Jornada das Finalistas


Sob a orientação da professora Stefanye Cortez, mediadora de tecnologia na Escola Municipal Américo Falcão, em João Pessoa, Gabi e Bia superaram desafios para se apresentar na OBR. Stefanye, que também enfrentou dificuldades para se identificar com a tecnologia na infância, destacou a importância de incentivar as novas gerações:

“Ver meninas se destacando na robótica é um presente. Elas mostram que as mulheres podem alcançar grandes feitos na ciência”.

Ana Beatriz, uma das finalistas, já tem um exemplo a seguir:

“Quando eu crescer, quero ser que nem tia Stefanye”, disse, sorrindo.

Sobre a Olimpíada Brasileira de Robótica


A OBR é uma das maiores competições científicas do país, com mais de 200 mil participantes. Em 2024, a etapa paraibana reuniu 236 equipes, totalizando cerca de 1.200 alunos de escolas públicas e privadas. Além da modalidade de resgate, onde robôs simulam operações em cenários de desastres, a novidade foi a robótica artística, que integra tecnologia com performances criativas.

Crescimento da Participação Feminina na Ciência


Dados do relatório “Em direção à equidade de gênero na pesquisa no Brasil”, divulgado em março de 2024, mostram que a presença feminina na ciência brasileira cresceu 29% nos últimos 20 anos. Em 2002, as mulheres representavam 38% dos autores de publicações científicas; em 2022, esse número subiu para 49%. Nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), a participação feminina aumentou de 35% para 45%, indicando avanços, mas também a necessidade de mais incentivos.

Fonte: Secties-PB
Foto: Maryana Roma

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