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Espetáculo em João Pessoa Revive Caso de Gisberta, Brasileira Trans Assassinada em Portugal

Espetáculo em João Pessoa Revive Caso de Gisberta, Brasileira Trans Assassinada em Portugal

Peça teatral denuncia transfobia e violência através da história real de Gisberta Salce Júnior, morta em 2006 por adolescentes em Portugal.

De 31 de janeiro a 2 de fevereiro, o público de João Pessoa poderá assistir ao monólogo “Gisberta – Basta um Nome para lembrarmos de um ódio”, no Teatro Paulo Pontes. A obra, escrita por Letícia Rodrigues e Misael Batista, retrata a vida e a morte brutal de Gisberta Salce Júnior, mulher trans brasileira que migrou para Portugal em busca de segurança, mas foi torturada e assassinada por 14 adolescentes em 2006. O crime, ainda impune, é um marco na luta contra a transfobia.

Arte como Denúncia Social

Interpretado por Letícia Rodrigues, o espetáculo mergulha na jornada de Gisberta, combinando narrativa visceral e crítica política. “O teatro é libertador. Enquanto discursos como o de Donald Trump, que prometeu ‘deter a loucura transgênero’, alimentam o ódio, peças como esta buscam ‘trans-formar’ o debate”, reflete a atriz, referindo-se às recentes medidas anti-trans nos EUA. A montagem, que completa três anos em cartaz, lota plateias e estimula reflexões sobre violência estrutural.

“Sempre que há uma apresentação de ‘Gisberta’, as pessoas saem impactadas e repassam a mensagem. É assim que a arte provoca mudança”, destaca Letícia Rodrigues.

Do Palco à Realidade

  • Histórico: Gisberta era uma figura conhecida na cena underground portuguesa antes de ser morta em um prédio abandonado no Porto.
  • Legado: O caso, esquecido no Brasil, virou símbolo da resistência LGBTQIA+ em Portugal.
  • Ingressos: Custa R$ 10, com desconto para quem doar roupas ou lençóis. Doações via PIX: leticiaatrizpb@gmail.com.

Apoio Institucional

A produção conta com o apoio da AMAC (Associação de Mulheres Acilina Candeia) e da Secretaria da Mulher e Diversidade Humana da Paraíba, reforçando o compromisso com a visibilidade trans. As apresentações ocorrem às 20h, com classificação indicativa livre.