Nos últimos meses, o Brasil testemunhou um aumento alarmante nos casos de dengue, ultrapassando 3 milhões de registros em pouco mais de três meses. Este já é considerado o pior ano desde que os registros começaram em 2000.
O crescimento desses casos também tem levado a um aumento significativo no registro de doenças raras associadas à infecção. Em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a situação é particularmente preocupante, com até 30 visitas diárias de agentes de saúde em cada residência, lutando para controlar a proliferação do mosquito transmissor.
Em uma única quadra, todos os domicílios reportaram casos de dengue, com famílias inteiras adoecendo simultaneamente. Mais de 10% da população local procurou unidades de saúde com sintomas da doença.
As complicações decorrentes da dengue, como encefalite, hepatite, síndrome de Guillain-Barré e miocardite, uma inflamação do músculo cardíaco, tornam-se mais prováveis à medida que o número de casos aumenta. Carlos Antônio Santos, técnico em análises clínicas, relata sua própria experiência quase fatal com miocardite, exigindo hospitalização prolongada e tratamento contínuo.
Os médicos alertam que qualquer pessoa com sintomas da doença deve buscar atendimento médico imediato para evitar o risco de complicações graves. Alexandre Naime, coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia, enfatiza que o controle da doença continuará sendo um desafio nos próximos meses, com a possibilidade de um aumento nos casos fatais antes que a diminuição ocorra.
Fonte: Adaptado do Jornal Nacional