Em seu novo filme, “Harold e o Lápis Mágico”, Carlos Saldanha mistura live-action e animação para celebrar a imaginação e a nostalgia dos anos 1980 e 1990. A história, baseada no clássico livro infantil de Crockett Johnson, explora um mundo onde a criatividade é a chave para resolver problemas, sem a interferência de telas ou tecnologias modernas.
Em João Pessoa, o filme pode ser visto nos cinemas do Shopping Manaíra e do Mag Shopping.
Carlos Saldanha, o aclamado diretor por trás de sucessos como “A Era do Gelo” e “Rio”, retorna às telas com um projeto que mistura live-action e animação: “Harold e o Lápis Mágico”. Inspirado no livro infantil “Harold and the Purple Crayon”, de Crockett Johnson, o filme transporta o espectador para um mundo onde a imaginação é o limite e a tecnologia digital fica em segundo plano.
A trama acompanha Harold, um personagem que ganha vida através dos traços de um lápis mágico. O lápis, capaz de transformar desenhos em realidade, é o responsável por criar um caos divertido e encantador na cidade, onde o protagonista interage com um mundo criado a partir de sua imaginação.
No filme, Saldanha recria uma atmosfera que remete à nostalgia dos anos 1980 e 1990, sem smartphones, smartwatches ou qualquer outro gadget moderno. “Tenho uma nostalgia dos anos 1980 e 1990”, diz Saldanha. “Essa história é analógica por natureza, e quis garantir que o lápis de Harold criasse uma sensação de realidade tátil.”
A ausência de telas digitais é uma escolha deliberada, refletindo o desejo de Saldanha de explorar uma narrativa onde a criatividade é a principal ferramenta para resolver problemas. Ao longo do filme, Harold embarca em uma aventura para encontrar seu criador, desenhando portas e caminhos que o levam ao Mundo Real, onde ele encontra novos amigos e enfrenta desafios emocionais.
O filme também marca o retorno de Saldanha ao mundo da animação após o fechamento do estúdio Blue Sky, que foi seu lar por 28 anos. “Harold e o Lápis Mágico” é, em muitos aspectos, uma carta de amor ao poder da imaginação e à criatividade analógica. Além disso, aborda temas universais como a perda e a busca por conexões, temas que o diretor trata com delicadeza ao longo da narrativa.
Com uma combinação de efeitos especiais e performances de atores, incluindo Zachary Levi e Zooey Deschanel, Saldanha consegue criar um ambiente que é ao mesmo tempo mágico e nostálgico. “Faço, na minha cabeça, um filme de adulto a que as crianças possam assistir. E vira um filme de criança que os adultos gostam de assistir,” comenta o diretor.
Além de “Harold e o Lápis Mágico”, Saldanha já está envolvido em novos projetos, incluindo a cinebiografia do navegador Amyr Klink. Enquanto isso, “Harold e o Lápis Mágico” promete encantar espectadores de todas as idades com sua celebração da criatividade e sua homenagem a uma era mais simples, mas igualmente mágica.