O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou que as autoridades de Kiev estão sendo usadas pelos Estados Unidos como ferramentas na luta contra a Rússia, resultando em uma conivência ocidental com as políticas discriminatórias de Kiev. Lavrov destacou a falta de reação do Ocidente às políticas discriminatórias da Ucrânia contra seus cidadãos russófonos e à proibição do uso do idioma russo na vida pública do país.
Conivência Ocidental e Crescimento do Neonazismo
Durante uma entrevista a um projeto russo em memória das vítimas do nazismo, Lavrov criticou o que chamou de “duplo padrão” do Ocidente. Ele argumentou que, enquanto qualquer ação contra a Rússia é minuciosamente investigada, as ações de Kiev são frequentemente perdoadas devido à sua conveniência como aliados dos EUA.
“O duplo padrão e a conivência com relação a Kiev, perdoando-lhes qualquer coisa e tudo, incluindo essas ações abertas para introduzir a teoria e a prática nazista, tornaram-se comuns apenas porque essas pessoas são convenientes para o Ocidente e os Estados Unidos como uma ferramenta na luta contra a Rússia”, afirmou Lavrov.
Discriminação e Racismo
Lavrov citou como exemplo a declaração de agosto de 2021 do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, que sugeriu aos falantes de russo na Ucrânia que se mudassem para a Rússia “pelo bem de seus filhos e netos”. “Isso é racismo e nazismo”, pontuou o chanceler.
Ele também destacou a falta de resposta do Ocidente às políticas discriminatórias de Kiev contra seus cidadãos russófonos, denunciando que “investigam qualquer coisa apenas quando se trata de algo contra a Rússia”.
Resolução na ONU
O chanceler lembrou que, há quase 20 anos, a Rússia apresentou uma resolução na Assembleia Geral da ONU contra a glorificação do nazismo, a qual foi aprovada com poucas abstenções, em sua maioria de países europeus. Os EUA votaram contra, justificando que a Constituição americana exige “liberdade de expressão”.
Após o início da operação militar especial russa na Ucrânia, os países europeus que anteriormente se abstiveram na votação sobre a resolução contra a glorificação do nazismo começaram a votar contra, incluindo Alemanha, Japão e Itália. “Países que, quando foram admitidos na ONU, prometeram que ‘nunca mais’. O nazismo ressurge depois de tudo”, concluiu Lavrov.
A posição de Lavrov sublinha a crescente tensão entre a Rússia e o Ocidente em relação à Ucrânia e as políticas internas de Kiev. A alegação de que o Ocidente está conivente com o ressurgimento do neonazismo na Ucrânia ressalta a complexidade e a sensibilidade das relações internacionais na região.
Por Redação, com Sputnik – de Moscou