Conclave mais diverso da história refletirá força global e nomeações de Francisco na escolha do novo Papa

Com 133 cardeais eleitores, sendo 80% nomeados pelo Papa Francisco, a Igreja Católica se aproxima de um dos conclaves mais emblemáticos de sua história moderna. A futura eleição do novo pontífice acontecerá sob a marca da diversidade geográfica e da influência crescente de regiões antes pouco representadas nos altos escalões do Vaticano.

Pela primeira vez, os eleitores vêm de 69 países diferentes — um recorde absoluto. A presença de cardeais da África, Ásia e América Latina é a mais expressiva já registrada, fruto direto das escolhas feitas por Francisco durante seu pontificado iniciado em 2013. Ele, que reiteradamente defendeu uma Igreja “em saída”, voltada para as periferias do mundo, imprimiu essa visão ao corpo de cardeais.

Entre os eleitores, 99 foram escolhidos por Francisco. Apenas 29 foram nomeados por Bento XVI e 5 por João Paulo II. Essa configuração consolida o impacto doutrinário e pastoral do atual Papa no futuro da Igreja, ainda que os votos no conclave sejam secretos e não obrigatoriamente alinhados ao pensamento do pontífice emérito.

Especialistas e vaticanistas apontam que o próximo Papa poderá refletir não apenas essa diversidade regional, mas também o perfil pastoral e dialogante cultivado pelo atual pontificado. “O centro do poder eclesial está se deslocando”, analisa o teólogo espanhol Rafael Luciani. “A Igreja já não é eurocêntrica. O próximo Papa poderá vir da Ásia ou da África e isso seria natural, não exceção.”

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O Brasil permanece como um dos países com maior número de eleitores — sete cardeais estarão aptos a votar. Entre eles estão Dom Sérgio da Rocha (Salvador) e Dom Orani Tempesta (Rio de Janeiro), ambos próximos ao estilo pastoral proposto por Francisco.

A expectativa é de que o conclave, quando ocorrer, represente não apenas uma sucessão papal, mas um marco de continuidade da reforma que Francisco buscou implementar: uma Igreja menos institucionalizada, mais missionária e inclusiva.


Por Redação do Movimento PB
Com informações do G1

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