Consumidores correm para fechar compras na Shein e AliExpress antes da ‘taxa das blusinhas’

A decisão de encerrar a isenção de impostos sobre importações de até US$ 50, popularmente conhecida como “taxa das blusinhas”, desencadeou uma corrida de consumidores para fechar suas compras na Shein e AliExpress antes que a medida entre em vigor.

Aprovada no Senado na quarta-feira (5), essa nova taxa, que impõe 20% de tributação adicional sobre produtos importados, foi adicionada ao projeto de lei do Mover, um programa destinado à descarbonização do setor automotivo. Esse acréscimo, conhecido como “jabuti”, ocorre quando uma medida é incorporada ao texto original sem relação direta com o assunto principal.

Embora a proposta ainda precise ser aprovada pela Câmara e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), consumidores ansiosos para economizar estão agindo com pressa, aproveitando o tempo disponível para fechar suas compras antes da possível entrada em vigor da nova taxa.

Um exemplo disso é Thiago Francisco, de Curitiba, que decidiu aproveitar a oportunidade para garantir seus produtos antes que a taxa entre em vigor. “Eu já tinha alguns itens no carrinho, mas estava comprando gradualmente, de acordo com o meu orçamento. Quando vi a notícia sobre a nova taxa, decidi agir rapidamente. Mesmo que eu tenha que me esforçar um pouco neste mês, a diferença de preço compensa”, afirma Thiago, que é engenheiro de dados.

Ele comprou duas jaquetas na Shein e, na AliExpress, adquiriu dois guarda-chuvas, uma mochila expansível, uma nécessaire e um organizador de cabos de celular. Embora não tenha exagerado nas compras, Thiago viu na iminência da taxação um estímulo para agir.

Para muitos consumidores, além dos preços atrativos, a variedade e a rapidez na atualização de produtos são fatores decisivos para optar por plataformas como essas. Por exemplo, os guarda-chuvas adquiridos por Thiago são elogiados por sua qualidade superior e funcionalidade inovadora, algo difícil de encontrar no mercado nacional.

Enquanto os consumidores correm para fechar suas compras antes da possível entrada em vigor da nova taxa, o embate entre as plataformas internacionais, o varejo nacional e o governo continua. A medida visa combater a concorrência desleal e fortalecer a indústria nacional, mas levanta questionamentos sobre seus impactos no mercado e nos consumidores.

Compartilhar: