Creatina: Suplemento que Fortalece Músculos e Cérebro

Um Suplemento Versátil
A creatina, conhecida por impulsionar o desempenho físico, ganha destaque em 2025 como aliada do cérebro. Produzida naturalmente pelo corpo e encontrada em carnes e peixes, ela é essencial para fornecer energia a células e tecidos. Pesquisas recentes, como as do cientista Ali Gordjinejad, na Alemanha, apontam que suplementos de creatina podem melhorar memória, reduzir fadiga e aliviar sintomas de depressão.
Benefícios Cognitivos
Estudos iniciados nos anos 1970 por Roger Harris, no País de Gales, consolidaram a creatina no esporte. Desde 2000, a ciência explora seus efeitos cognitivos. Em um experimento, Gordjinejad testou 15 pessoas privadas de sono, dando 35 g de creatina a um grupo. Comparado ao placebo, o grupo com creatina teve melhor velocidade de processamento e memória de curto prazo, sugerindo que a substância compensa o estresse neuronal.
Impactos na Saúde
A creatina mostra potencial além da cognição. Um estudo com 25 mil pessoas associou seu consumo a uma redução de 14% no risco de câncer em idosos. Na saúde mental, pacientes com depressão que tomaram creatina por oito semanas, junto à terapia, melhoraram mais que o grupo sem suplemento, segundo Douglas Kalman, da Flórida. Para covid longa, 19 pacientes que receberam 4 g diários por seis meses relataram menos “nevoeiro mental”, conforme pesquisa de Sergej Ostojic, na Sérvia.
Aplicações no Ciclo de Vida
A creatina pode proteger fetos contra falta de oxigênio no parto, conforme Stacey Ellery, da Austrália. Na gravidez, baixos níveis maternos estão ligados a partos prematuros. Em idosos, o suplemento combate a sarcopenia, perda muscular relacionada à idade. Veganos, com menor ingestão de creatina, podem se beneficiar mais, já que dietas sem carne reduzem os estoques musculares da substância.
Cuidados e Limitações
A creatina é segura para a maioria, mas doses altas, como 35 g, podem causar dores estomacais ou prejudicar quem tem problemas renais. Ostojic sugere que ela seja considerada “semiessencial”, pois o corpo não a produz em quantidade ideal. Apesar dos avanços, faltam diretrizes públicas sobre sua ingestão, estimada em 1 g diário para adultos. Pessoas com dietas ocidentais, especialmente mulheres, muitas vezes consomem menos que o necessário.
Com informações de BBC News, Nature, WebMD