Enigma do Santo Sudário: Estudo Brasileiro Desafia Séculos de Crença com Nova Teoria
A Imagem sob o Microscópio: O que o Estudo Revelou?
O Santo Sudário de Turim, uma das relíquias mais veneradas e debatidas da cristandade, volta a ser o centro de uma controvérsia científica, desta vez provocada por um pesquisador brasileiro. Um novo estudo, conduzido pelo médico radiologista Jorge Fidenz, do Rio de Janeiro, propõe uma conclusão contundente: as marcas no tecido não são compatíveis com as que seriam deixadas por um corpo humano crucificado.
Publicado no periódico “Ciência e Sociedade”, o estudo de Fidenz baseia-se em uma análise minuciosa da imagem. Segundo o pesquisador, “a imagem é perfeita demais” para ser o resultado do contato de um corpo tridimensional com um pano. Faltam as distorções naturais que ocorreriam ao envolver um cadáver, como o achatamento do nariz e o alargamento do rosto. O resultado, argumenta ele, parece mais uma projeção bidimensional do que um envoltório.
As Marcas de Sangue e a Hipótese da Escultura
Outro ponto crucial da análise são as manchas de sangue. O estudo aponta que as marcas são nítidas e bem definidas, como um “carimbo”, sem os borrões, escorrimentos e esfregaços que seriam esperados do contato de feridas com o tecido. Além disso, Fidenz questiona a ausência de sinais de decomposição, um processo que deveria ter se iniciado nas 36 horas em que o corpo, segundo a tradição, esteve envolto no sudário.
Diante dessas inconsistências, o pesquisador brasileiro apresenta uma hipótese alternativa: a imagem teria sido criada artificialmente no século XIV, utilizando uma escultura ou um baixo-relevo aquecido para queimar superficialmente o tecido de linho. Este método, segundo ele, explicaria tanto a perfeição bidimensional da imagem quanto a possibilidade de aplicar as manchas de sangue de forma controlada, criando a aparência de um corpo martirizado sem as imperfeições da realidade.
Um Debate de Séculos e a Contribuição Brasileira
A pesquisa de Fidenz se soma a um longo histórico de investigações científicas sobre o artefato. Ela dialoga com outros achados importantes, como o polêmico teste de carbono-14 de 1988, que datou o tecido como sendo da Idade Média, uma conclusão que até hoje é contestada por muitos. A teoria da escultura aquecida oferece uma explicação plausível para como uma falsificação medieval tão sofisticada poderia ter sido produzida.
Independentemente da fé de cada um, o Santo Sudário permanece como um objeto fascinante, um ponto de encontro entre história, religião e ciência. A contribuição de um estudo brasileiro para este debate global não oferece uma resposta definitiva, mas enriquece a discussão com uma nova hipótese testável, demonstrando a vitalidade da ciência na busca por desvendar os mistérios do passado.
Da redação com informações de Terra
Redação do Movimento PB [GME-GOO-03082025-1839-15P]