Má Alimentação Causa 57 Mil Mortes por Ano e Gera Prejuízo de R$ 10 Bilhões ao Brasil
Um estudo divulgado pela ACT Promoção da Saúde em novembro de 2024 revelou que o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados está gerando impactos alarmantes na saúde e na economia do Brasil. O relatório aponta que 57 mil mortes anuais, cerca de 10,5% do total de óbitos no país, estão associadas a esses produtos, resultando em um custo econômico de R$ 10,4 bilhões.
Impactos Econômicos e de Saúde
Desse total, R$ 9,2 bilhões referem-se a perdas econômicas provocadas por mortes prematuras de pessoas em idade produtiva, comprometendo o mercado de trabalho. Os gastos diretos com tratamentos e medicamentos, cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e farmácias populares, somam R$ 933,5 milhões ao ano.
As doenças mais associadas ao consumo de ultraprocessados incluem obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão, embora existam mais de 30 condições relacionadas. A pesquisa destacou que homens são mais afetados, representando R$ 6,6 bilhões das perdas econômicas, enquanto as mulheres correspondem a R$ 2,6 bilhões.
Necessidade de Políticas Públicas
Especialistas defendem a adoção de políticas públicas para conter o consumo desses alimentos. Entre as propostas estão a implementação de impostos específicos, rotulagem nutricional clara e a regulação do marketing voltado a ultraprocessados.
Além do impacto financeiro, o estudo ressalta os prejuízos à qualidade de vida e o aumento do risco de doenças crônicas. A má alimentação, portanto, não apenas sobrecarrega o sistema de saúde, mas também compromete o bem-estar da população.
Texto adaptado de ACT Promoção da Saúde e revisado pela nossa redação.