Margareth Menezes e Daniela Mercury Pedem Respeito às Religiões de Matriz Africana Após Polêmica de Claudia Leitte

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, e a cantora Daniela Mercury pediram respeito às religiões de matriz africana durante um show no evento Pôr do Som, em Salvador, na noite de quarta-feira, 1º de janeiro de 2025. O evento, que celebra 25 anos de existência, foi criado por Daniela Mercury.

A polêmica surgiu após Claudia Leitte, ao substituir a palavra “Iemanjá” por “Yeshua” na música “Caranguejo (Cata Caranguejo)”, composta por Alan Moraes, Durval Luz e Luciano Pinto, durante seu ensaio de Carnaval em Salvador. A substituição ocorreu há cerca de duas semanas e novamente no pré-réveillon de Recife no último domingo, 29 de dezembro de 2024.

Margareth Menezes, ao se pronunciar, destacou a importância de reconhecer a história e os direitos dos povos afro-brasileiros, ressaltando a perseguição histórica desde os tempos da escravidão. “É muito digno que a gente respeite as religiões de matriz africana”, afirmou a ministra.

Daniela Mercury também reforçou a mensagem, conectando o preconceito contra o candomblé ao racismo sofrido pelos negros. “O axé é a força que emana de tudo que é vivo. Que a gente aprenda a se amar, porque se o candomblé sofre preconceito é porque o preto sempre sofreu preconceito, isso é uma consequência do racismo”, disse Daniela, que também reconheceu a influência dos terreiros de candomblé em sua própria identidade cultural.

A discussão ganhou repercussão após o Ministério Público da Bahia (MP-BA) iniciar uma investigação para determinar se Claudia Leitte cometeu racismo religioso com sua alteração na letra da canção. A cantora se defendeu, afirmando que racismo é um tema sério que não deve ser tratado superficialmente.

Os comentários de Margareth e Daniela foram recebidos com aplausos e apoio nas redes sociais, onde um vídeo do momento foi compartilhado, ecoando o chamado contra o preconceito e pela valorização das religiões de matriz africana.

Posts encontrados no X indicam um sentimento de apoio e discussão sobre a intolerância religiosa e cultural em relação às tradições afro-brasileiras.

https://twitter.com/gmalves1980/status/1757799569901961571?t=NljWvymAt9UuvIQV4VG24A&s=19
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