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Maxixe: o superalimento que une tradição nordestina e saúde preventiva

Maxixe: o superalimento que une tradição nordestina e saúde preventiva

Vegetal de origem africana vai muito além da “maxixada”: é rico em antioxidantes, ajuda no controle do diabetes e fortalece a imunidade.

Presente nas feiras livres da Paraíba e ingrediente indispensável na culinária regional, o maxixe (Cucumis anguria) carrega uma história de adaptação e resistência. De origem africana e trazido ao Brasil no período colonial, o vegetal encontrou no Nordeste o clima ideal para prosperar, tornando-se um símbolo de nossa identidade alimentar. Contudo, ele é frequentemente subestimado: por trás da casca espinhosa, esconde-se um potencial nutricional extraordinário.

Muitas vezes ofuscado por vegetais “da moda”, o maxixe pertence à família das cucurbitáceas — a mesma do pepino, da abóbora e do melão. Seu perfil nutricional o eleva à categoria de superalimento acessível, unindo baixo custo e alta densidade de vitaminas, o que o torna estratégico para a segurança alimentar e saúde pública.

Poder nutricional no prato

O consumo regular do maxixe oferece benefícios sistêmicos ao organismo. Rico em fibras solúveis e insolúveis, ele é um aliado vital para o funcionamento intestinal e promove a saciedade, auxiliando no controle de peso. Além disso, sua composição é marcada pela presença de minerais essenciais como magnésio, potássio e cálcio, fundamentais para a saúde cardiovascular e óssea.

Outro destaque é seu papel no combate ao envelhecimento precoce. Graças à vitamina C e outros antioxidantes, o vegetal atua na neutralização de radicais livres, fortalecendo o sistema imunológico. Para quem busca o controle da glicemia, o maxixe é um excelente coadjuvante: seu baixo índice glicêmico ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue, sendo altamente recomendado para dietas de diabéticos.

Versatilidade e preparo

Na cultura paraibana, o maxixe brilha na tradicional maxixada ou acompanhando a carne de sol e o feijão verde. Apesar da aparência rústica, seu preparo é simples. Os espinhos, macios e comestíveis, não exigem que o fruto seja totalmente descascado; uma raspagem leve ou escovação sob água corrente é suficiente para preservar suas fibras.

Composto por cerca de 95% de água, ele também atua como um hidratante natural, ideal para o clima quente da região.

Receita: Refogado simples e nutritivo

Para incorporar esse vegetal ao dia a dia de forma prática, confira uma sugestão que preserva o sabor e os nutrientes:

Ingredientes: 500g de maxixe (lavado e em rodelas) 1 cebola média picada 2 dentes de alho amassados Azeite, sal, pimenta-do-reino e cheiro-verde a gosto.

Modo de fazer: Refogue o alho e a cebola no azeite até dourarem. Adicione o maxixe, tempere e acrescente um pouco de água. Cozinhe em fogo baixo com a panela tampada por 10 a 15 minutos, até amaciar. Finalize com cheiro-verde fresco. O resultado é um prato leve, que valoriza a agricultura local e nutre com eficiência.

Adaptado de Redatora, pela redação do Movimento PB [GEM-MPB-21112025-C8B2A9-V18.2]