O Gesto que te Denuncia: O que Ajudar o Garçom a Tirar a Mesa Diz Sobre Você?
Repare na próxima vez que estiver em um restaurante. Ao final da refeição, quando o garçom se aproxima, é quase instintivo: alguém na mesa começa a empilhar os pratos ou a juntar os copos para “facilitar” o trabalho. O que parece um simples ato de boa educação, segundo psicólogos, é na verdade uma janela para a nossa personalidade, revelando traços que vão da mais pura empatia ao medo da rejeição.
A Face Positiva: Empatia e Espírito de Equipe
Para o psicólogo Francisco Tabernero, o gesto pode ser um claro sinal de uma “atitude pró-social”. Trata-se de ações voluntárias que beneficiam os outros sem a expectativa de uma recompensa. “Oferecer ajuda desinteressada ao garçom denota um traço de empatia“, afirma, explicando que a pessoa age simplesmente por altruísmo e por uma compreensão genuína do esforço alheio.
Essa atitude colaborativa é uma das chamadas “soft skills” mais valorizadas no mercado de trabalho. Um estudo publicado pela Harvard Business School revelou que equipes com funcionários que demonstram essa iniciativa têm um aumento de 16% na produtividade. A capacidade de se envolver proativamente para ajudar, mesmo em tarefas que não são suas, é vista como um forte indicativo de espírito de equipe.
O Lado Sombrio: Medo da Rejeição e Ansiedade
No entanto, o mesmo gesto pode ter uma origem bem menos nobre. Tabernero aponta que, em muitos casos, a ação não nasce da empatia, mas de um “medo excessivo da avaliação negativa dos outros”. A pessoa excessivamente prestativa pode estar, na verdade, tentando desesperadamente agradar e evitar qualquer tipo de julgamento, movida pela necessidade de “ser bem vista”.
Essa atitude pode indicar um déficit de assertividade e uma profunda insegurança. Em outros casos, a motivação pode ser ainda mais simples e menos calculada: ansiedade. Segundo o psicólogo, a ação de “colaborar para recolher a mesa pode estar mais ligada a uma condição prévia da pessoa — ser muito inquieta ou nervosa — que a leva a querer que tudo ao seu redor seja feito imediatamente”.
Da próxima vez que o garçom se aproximar, o simples ato de mover um prato pode se tornar um momento de autoanálise. Você está agindo por empatia genuína, por uma necessidade de agradar ou simplesmente porque a ansiedade não o deixa ficar parado? Um gesto trivial na mesa de um restaurante pode esconder as respostas.
Da redação com informações de Research Gate
Redação do Movimento PB [GME-GOO-09082025-0852-15P]