O rapper Oruam (Anagrama de Mauro), cujo nome verdadeiro é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, deixou a prisão na manhã desta quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025, poucas horas após ser detido em sua mansão no Joá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A prisão ocorreu durante uma operação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que cumpria mandados de busca e apreensão relacionados a um disparo de arma de fogo em um condomínio em Igaratá, São Paulo, em dezembro de 2024. No entanto, o motivo da detenção foi a presença de Yuri Pereira Gonçalves, um foragido da Justiça acusado de organização criminosa, na residência do cantor.
Oruam foi enquadrado por favorecimento pessoal, crime de menor potencial ofensivo que consiste em ajudar alguém a escapar das autoridades. Após assinar um termo circunstanciado, ele foi liberado por volta das 10h40 e falou brevemente com a imprensa ao sair da Cidade da Polícia. “Ele não é traficante. Ele é uma pessoa normal e é meu amigo. Eu não sabia que ele estava foragido. Naquele dia, era bala de borracha”, declarou, referindo-se a Yuri e a um vídeo que motivou a investigação inicial. O rapper também celebrou o sucesso de seu trabalho: “Vou voltar tranquilo para casa. O meu álbum está bombando e está do jeito que eu queria.”
A operação não encontrou a arma usada no disparo em São Paulo, mas apreendeu uma pistola 9 mm, munições, um kit rajada, joias, celulares e armas de airsoft na casa de Oruam. A pistola foi localizada no quarto onde Yuri dormia, e ele assumiu a posse do material ilícito. O delegado Moysés Santana Gomes, titular da DRE, informou que Yuri chegou à residência na noite anterior para jogar videogame, e Oruam alegou desconhecer seu status de foragido. As investigações seguem para identificar a origem dos itens apreendidos e esclarecer a relação entre os dois.
Filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho com pena de 44 anos, Oruam tem uma carreira marcada por polêmicas e sucessos no trap brasileiro. Com mais de 13 milhões de ouvintes mensais no Spotify, ele lançou recentemente o álbum Liberdade, que reflete sua vida pessoal e já acumula destaque nas plataformas digitais. A liberação rápida após a assinatura do termo indica que o caso será encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim), enquanto o rapper retoma sua rotina sob os holofotes.
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Texto adaptado de Metrópoles e O Globo, revisado pela nossa redação.
