Remédio Protege Barreira Cerebral e Pode Combater Alzheimer

Novo composto inibe enzima inflamatória, preserva cognição em camundongos e abre caminho para tratar Alzheimer, diz estudo.
Avanço Promissor
Um estudo publicado em 21 de maio de 2025 na revista PNAS revelou que o composto SW033291, ao inibir a enzima 15-PGDH, protege a barreira hematoencefálica e preserva funções cognitivas em camundongos com lesões cerebrais. Liderada pela Case Western Reserve University, a pesquisa sugere que a abordagem pode ser eficaz contra o Alzheimer, principal causa de demência no Brasil, afetando 1,2 milhão de pessoas, segundo o Ministério da Saúde.
Ação da Enzima
A enzima 15-PGDH, produzida por células mieloides, aparece em níveis elevados no envelhecimento, Alzheimer e lesões cerebrais, comprometendo a barreira hematoencefálica, que filtra substâncias nocivas do sangue. O SW033291 bloqueia a inflamação cerebral e evita danos ao tecido, mantendo memória e cognição intactas nos animais testados, mesmo sem reduzir placas beta-amiloides, alvos tradicionais de tratamentos.
Resultados em Camundongos
Camundongos com lesões cerebrais tratados com o composto não apresentaram neurodegeneração típica. “A cognição e a memória foram completamente preservadas”, afirmou o neurocientista Andrew Pieper, coautor do estudo. A descoberta é inovadora por atuar em um caminho distinto dos tratamentos atuais, que têm eficácia limitada contra a progressão do Alzheimer.
Impacto Potencial
O patologista Sanford Markowitz destacou que inibir a 15-PGDH oferece “uma abordagem completamente nova” para o Alzheimer, com menos efeitos adversos. No Brasil, onde a doença responde por 70% dos casos de demência, segundo a OMS, a descoberta pode beneficiar milhões, especialmente com diagnóstico precoce. Contudo, testes em humanos ainda são necessários para confirmar a segurança e eficácia do composto.
Próximos Passos
A equipe planeja avançar para ensaios clínicos em humanos, mas alerta que o processo levará anos. A pesquisa reforça a importância de novas estratégias contra o Alzheimer, que não tem cura e exige cuidados vitalícios, incluindo medicamentos como rivastigmina e estimulação cognitiva, disponíveis no SUS. A descoberta abre perspectivas para terapias mais eficazes contra doenças neurodegenerativas.