Robert Redford, o astro rebelde que redefiniu Hollywood, morre aos 89 anos
De galã carismático a padrinho do cinema independente, Redford deixou uma marca indissolúvel na sétima arte, consolidando uma carreira de sucesso artístico e compromisso cultural.
O cinema mundial perdeu uma de suas figuras mais icônicas. Robert Redford, o lendário ator e cineasta americano, morreu aos 89 anos. A notícia foi confirmada à imprensa por Cindi Berger, diretora-executiva da agência de atores Rogers & Cowan PMK, que informou que o falecimento ocorreu “nas montanhas de Utah — o lugar que ele amava, cercado por aqueles que amava”. A família pediu privacidade neste momento de luto, afirmando que sentirão muito a sua falta.
Redford construiu uma das carreiras mais sólidas e respeitadas de Hollywood, brilhando tanto na frente quanto atrás das câmeras. Ele se tornou um símbolo de carisma e elegância, eternizado em clássicos que definiram gerações. Filmes como “Butch Cassidy” (1969) e “Golpe de Mestre” (1973), ao lado de seu grande parceiro Paul Newman, solidificaram sua imagem de anti-herói charmoso, enquanto o thriller político “Todos os Homens do Presidente” (1976) mostrou sua profundidade dramática e seu engajamento com temas relevantes da sociedade americana.
Um talento além da atuação
Embora seu rosto tenha se tornado um dos mais conhecidos do cinema, o talento de Robert Redford não se limitava à atuação. Ele provou ser um diretor sensível e habilidoso, conquistando o Oscar de Melhor Diretor por “Gente como a Gente” (1980), seu filme de estreia na função. Décadas depois, em 2002, a Academia o homenageou novamente com um Oscar honorário, reconhecendo-o como uma “inspiração para cineastas de todo o mundo”, um tributo justo a um artista que sempre buscou expandir as fronteiras de sua arte.
Fora dos grandes estúdios, Redford deixou talvez seu maior legado: o Instituto Sundance. O que começou como um projeto para apoiar novos talentos floresceu no Festival de Sundance, que se tornou uma das principais vitrines do cinema independente mundial. Sua visão criou uma plataforma essencial para cineastas emergentes, revelando novas vozes e desafiando o monopólio comercial de Hollywood, um reflexo de seu próprio espírito independente e de seu compromisso com a arte autêntica.
Ativismo, reclusão e o adeus às telas
Apesar de ser um astro global, Robert Redford nunca se sentiu confortável com a exposição excessiva. Ele preferia uma vida reclusa em seu rancho em Utah, longe dos holofotes. Foi um dos primeiros atores a abraçar publicamente o ativismo ambiental, embora rejeitasse o rótulo de “ativista”. Seu engajamento em causas ambientais e sociais foi uma constante em sua vida, tornando-se uma referência por unir sucesso artístico com um profundo compromisso político e cultural.
Em 2018, Redford anunciou sua aposentadoria da atuação, escolhendo o filme “O Velho e a Arma” para sua despedida, onde interpretou um charmoso ladrão no fim de carreira. Sua última aparição, no entanto, foi uma participação especial em “Vingadores: Ultimato” (2019). Robert Redford deixa a esposa, Sibylle Szaggars, e duas filhas, Shauna Jean e Amy Hart. Sua morte não é apenas a perda de um grande ator, mas o fim de uma era para um artista completo, que moldou o cinema à sua imagem: elegante, questionador e inesquecível.
Redação do Movimento PB [NMG-OOG-16092025-C4F8A1-13P]
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