Senado Aprova Taxação de Compras Internacionais de Até US$ 50: Veja os Senadores que se Manifestaram Contra

Texto gerou polêmica nos últimos dias e foi analisado em uma votação separada à do projeto principal do qual fazia parte.

Em uma decisão que gerou bastante debate, o Senado aprovou a taxação de compras internacionais de até US$ 50. A votação foi simbólica, de modo a evitar desgastes maiores para os senadores que foram contra a medida, apesar de seus nomes terem sido registrados. Os senadores que se posicionaram contra o projeto foram:

  • Alessandro Vieira (MDB-SE)
  • Carlos Portinho (PL-RJ)
  • Cleitinho (Republicanos-MG)
  • Eduardo Girão (Novo-CE)
  • Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
  • Irajá (PSD-TO)
  • Jaime Bagattoli (PL-MT)
  • Marcos Rogério (PL-RO)
  • Mecias de Jesus (Republicanos-RR)
  • Rodrigo Cunha (Podemos-AL)
  • Rogério Marinho (PL-RN)
  • Romário (PL-RJ)
  • Wilder Morais (PL-GO)

A taxação foi incluída em um projeto durante sua tramitação na Câmara dos Deputados, o qual cria o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), com o objetivo de reduzir as taxas de emissão de carbono da indústria automotiva até 2030.

Contexto e Polêmica

Atualmente, produtos adquiridos de lojas estrangeiras não são sujeitos ao imposto de importação, o que geralmente os torna mais baratos do que os produtos nacionais. Sobre as compras do exterior abaixo de US$ 50, incide apenas o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual, com alíquota de 17%.

A inclusão da taxação gerou um impasse, e a votação no Senado foi adiada devido à falta de consenso. O relator do projeto, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), inicialmente surpreendeu ao excluir a medida do texto, mas o governo propôs a retomada do imposto de importação sobre as vendas de lojas estrangeiras e venceu a votação.

Reação do Governo e do Congresso

A proposta da taxação foi apoiada pelo governo e por setores do varejo nacional, que buscam proteger o comércio local. A Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu que a correção mínima das contas do FGTS assegure o valor do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

No entanto, a reviravolta de Rodrigo Cunha, que inicialmente excluiu a taxação do texto, causou atritos. Arthur Lira, presidente da Câmara e um dos principais defensores da medida, manifestou insatisfação e pressionou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Este último, por sua vez, acionou o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, para garantir que a agenda econômica não fosse prejudicada.

Implicações Finais

A taxação de compras internacionais foi aprovada e agora segue para sanção do presidente Lula, que pode optar por manter ou vetar a medida. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu a taxação como uma forma justa de proteger o varejo nacional, enquanto debates sobre a medida continuam a causar divergências entre parlamentares e setores econômicos.

Compartilhar: