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Supostas profecias históricas sobre família Trump ganham força em redes sociais

Supostas profecias históricas sobre família Trump ganham força em redes sociais

Um vídeo que analisa textos do século XIX, compartilhado milhões de vezes, sustenta que escritos antigos antecipariam o retorno de Donald Trump ao poder e o surgimento de Barron Trump como figura política.

Circula nas redes sociais uma teoria que mistura história e especulação: supostos trechos de livros publicados entre os séculos XVIII e XIX estariam descrevendo, com detalhes surpreendentes, eventos atuais envolvendo a família Trump. O conteúdo, disseminado inicialmente por um usuário anônimo no TikTok, ganhou mais de 8 milhões de visualizações em três dias, alimentando debates acalorados entre apoiadores do ex-presidente e céticos.

Os textos citados no vídeo – cujos títulos e autores não são claramente identificados – conteriam descrições genéricas de figuras políticas que, segundo a interpretação apresentada, coincidiriam com características físicas e traços de personalidade atribuídos a Donald Trump e seu filho mais novo. Um trecho destacado no vídeo menciona “um líder de cabelos claros que retornaria das cinzas” e “um jovem príncipe surgindo das sombras”, frases que os criadores do conteúdo associam à trajetória dos Trump.

Historiadores consultados por veículos de fact-checking apontam inconsistências na teoria. “Essas alegações ignoram o contexto histórico real dos textos. Muitas obras do século XIX usavam linguagem alegórica para criticar governos de sua época, não para prever o futuro”, explica Dra. Eleanor Richards, professora de literatura da Universidade de Chicago. Ela destaca que interpretações semelhantes surgiram em outros contextos políticos, como durante a ascensão de Hitler nos anos 1930.

O fenmeno reflete um padrão observado em grupos de apoiadores de Trump: a apropriação de narrativas históricas ou religiosas para validar agendas políticas. Em fóruns online, usuários comparam o caso às teorias sobre “QAnon” e citam paralelos com profecias bíblicas reinterpretadas. A equipe de Trump não comentou o assunto, mas fontes próximas ao ex-presidente afirmam que ele vê o burburinho como “um sinal de apoio popular”.

Enquanto isso, o vídeo original continua a ser compartilhado, com novas “análises” surgindo diariamente. Especialistas em desinformação alertam que o caso exemplifica como conteúdos pseudohistóricos podem ser instrumentalizados para fins políticos em períodos eleitorais.


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