Uma tempestade solar de magnitude extraordinária, considerada a mais intensa dos últimos 20 anos, está causando um espetáculo celestial incomum, com auroras boreais no Hemisfério Norte e auroras austrais no Hemisfério Sul. Este fenômeno raro foi desencadeado na noite da última sexta-feira (9) e está sendo acompanhado de perto por especialistas devido aos potenciais impactos em redes de energia e comunicações via satélite, conforme alerta emitido pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
Esta é a primeira vez em 19 anos que a NOAA emite um alerta de tempestade geomagnética “severa”, classificado como G4, segundo nível mais alto em uma escala que vai até G5, considerado “extremo”. O fenômeno, que também está gerando auroras boreais nos Estados Unidos, surpreendeu ao produzir auroras austrais visíveis na Argentina e no Chile.
Na Argentina, os habitantes de Ushuaia, no extremo sul do país, testemunharam uma aurora austral extraordinária, algo raramente visto tão ao norte do Pólo Sul. No Chile, o fenômeno foi observado nas regiões de Los Lagos e na Patagônia. Na Europa, relatos de auroras boreais vieram de Budapeste, na Hungria, e Reix, na Suíça, além de avistamentos no norte de Portugal e Londres, no Reino Unido.
Nos Estados Unidos, registros da aurora boreal foram feitos nos estados de Massachusetts, Wisconsin e Flórida, aumentando a magnitude deste evento cósmico que tem intrigado especialistas.
A tempestade solar em curso é resultado de ejeções de massa coronal, expelidas da camada mais externa do Sol, a coroa solar. Estas ejeções, compostas por plasma e campos magnéticos, interagem com a atmosfera terrestre, gerando o espetáculo luminoso das auroras boreais e austrais.
Esses eventos, além de proporcionarem um espetáculo visual, também despertam preocupações quanto aos impactos potenciais nas comunicações e infraestruturas de energia. A NOAA alertou operadores de infraestrutura crítica, como satélites e sistemas de comunicação, sobre os possíveis efeitos da tempestade.
A atual tempestade solar, prevista para durar todo o fim de semana, ocorre em um momento crucial, próximo ao pico de atividade solar de um ciclo de 11 anos. Os cientistas esperam melhor entender os efeitos à medida que a tempestade se aproxima da Terra.
Além dos potenciais impactos nas redes de energia e comunicações, as auroras boreais e austrais proporcionam um espetáculo único para aqueles que têm a sorte de testemunhá-las, incentivando observadores a saírem e contemplarem essa maravilha da natureza.

(Fonte original: [Baseado em artigo do G1])