Trump Mobile Promete Celular “Made in USA”, Mas Especialistas Duvidam
O Anúncio do Trump Mobile
A Trump Organization, liderada pelos filhos do presidente Donald Trump, anunciou em 16 de junho de 2025 o Trump Mobile, um serviço de telefonia e um smartphone T1, por US$ 499, prometido como “feito nos EUA”. Lançado em Nova York, o projeto visa atrair consumidores com um discurso patriótico, mas enfrenta ceticismo generalizado.
Por Que a Promessa É Questionada?
Especialistas apontam que fabricar um celular nos EUA em poucos meses é praticamente impossível. A maioria dos smartphones depende de cadeias de suprimentos na Ásia, devido ao alto custo da mão de obra americana, escassez de trabalhadores qualificados e falta de fornecedores locais. Todd Weaver, CEO da Purism, única empresa que produz um celular nos EUA, chamou o anúncio de “vaporware” – um produto prometido, mas improvável de ser entregue como descrito.
💡Para Entender de Forma Simples: Pense em montar um carro do zero no Brasil sem fábricas de peças locais. O T1, anunciado como “americano”, provavelmente usa componentes importados, talvez com montagem final nos EUA. Isso é como chamar um bolo de “caseiro” quando os ingredientes vêm do supermercado.
O Que Dizem os Analistas?
Blake Przesmicki, da Counterpoint Research, sugere que o T1 será produzido por um fabricante chinês (ODM), com componentes importados. Eric Trump admitiu, em entrevista, que a fabricação será inicialmente no exterior, com planos de migrar para os EUA “eventualmente”. Leo Gebbie, da CCS Insight, reforça que uma produção americana em grande escala antes do lançamento em setembro é “um sonho impossível”.
Desafios da Fabricação Local
Mesmo com as tarifas de Trump para incentivar a produção nos EUA, o país carece de infraestrutura para fabricar celulares em larga escala. A Purism, que produz o Liberty Phone na Califórnia, é uma exceção, mas seus custos são altos e a escala é pequena. Um T1 verdadeiramente americano, dizem experts, custaria bem mais que US$ 499.
Impacto e Expectativas
O Trump Mobile reflete a tentativa de capitalizar o nome do presidente, mas levanta dúvidas sobre transparência e viabilidade. Se for um celular chinês rebatizado, como sugerem posts em redes sociais, pode frustrar consumidores atraídos pelo apelo “America First”. O futuro dirá se é inovação ou apenas marketing.
Fontes: Com informações de Fortune, CNN Business e Newsweek.