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Casa Branca endurece o tom e reforça ameaça de Trump: ‘Sem nós, o Brasil fracassará’

Casa Branca endurece o tom e reforça ameaça de Trump: ‘Sem nós, o Brasil fracassará’

Após discurso ambíguo de Trump na ONU, porta-voz do governo americano, Karoline Leavitt, destaca trecho que condiciona o sucesso do Brasil a um alinhamento com os EUA, elevando a pressão sobre o governo Lula.

Qualquer ambiguidade que pudesse existir após o discurso de Donald Trump na ONU foi deliberadamente desfeita pela Casa Branca. Apenas um dia após o presidente americano elogiar a “química excelente” com o presidente Lula, a secretária de imprensa do governo, Karoline Leavitt, usou suas redes sociais na terça-feira (23) para destacar e reforçar o trecho mais duro da fala de Trump: uma ameaça direta à soberania brasileira.

Em sua publicação, Leavitt compartilhou o momento em que Trump afirma, do púlpito da mais importante assembleia diplomática do mundo: “O Brasil está indo mal, e só irá melhorar quando trabalhar em cooperação com os Estados Unidos. Sem nós, eles fracassarão, assim como outros fracassaram”. A ação da porta-voz serve como um carimbo oficial, garantindo que a mensagem central da política externa de Trump para o Brasil não se perdesse em meio aos afagos pessoais.

A manobra da Casa Branca enterra a interpretação de que os elogios a Lula poderiam sinalizar uma trégua na guerra comercial iniciada em julho. Fica claro que a tática do “morde e assopra” é a estratégia vigente: o elogio foi uma ferramenta de diplomacia pessoal, mas a ameaça é a política de Estado. A mensagem reforçada por Leavitt é um ultimato claro e público, que busca encurralar o Brasil e forçar um alinhamento incondicional aos interesses de Washington.

A declaração representa a essência da “Doutrina Trump”: uma visão de mundo onde as relações internacionais não são pautadas pela parceria entre nações soberanas, mas por uma hierarquia em que o sucesso de países em desenvolvimento é condicional à sua subordinação aos Estados Unidos. Ao afirmar que o Brasil “fracassará” sem os EUA, Trump nega a autonomia e o potencial do país, tratando-o como um ator dependente, e não como um parceiro estratégico.

A confirmação do tom agressivo por parte da Casa Branca joga uma nova e pesada luz sobre o encontro anunciado entre Trump e Lula para a próxima semana. A conversa, que poderia ser vista como um passo para a desescalada, agora se configura como um momento de altíssima tensão. O governo brasileiro se vê diante de um dilema: negociar sob ameaça para proteger a economia ou defender firmemente a soberania nacional, com todas as consequências que essa escolha possa acarretar.

Da redação com informações de agências internacionais

Redação do Movimento PB [NMG-OGO-24092025-G5H1I9-15P]


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