EUA Alertam para Ameaça Chinesa no Indo-Pacífico

Alerta do Pentágono
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou em 30 de maio de 2025, durante o fórum Shangri-La Dialogue, em Singapura, que a China está “se preparando de forma crível” para usar força militar na região Indo-Pacífico. Ele destacou a ameaça como “real e potencialmente iminente”, especialmente em relação a Taiwan, e pediu que aliados asiáticos aumentem investimentos em defesa. A declaração reflete a prioridade do governo Trump em conter a influência chinesa na região.
Contexto da Tensão
Hegseth, em sua primeira participação no principal fórum de defesa asiático, alertou que uma tentativa chinesa de invadir Taiwan teria “consequências devastadoras” para a região e o mundo. Ele reforçou o compromisso dos EUA em impedir tal cenário, enquanto Pequim mantém exercícios militares regulares próximos à ilha, que considera parte de seu território. A China respondeu, via Ministério das Relações Exteriores, que “se opõe firmemente a provocações” e defende sua soberania.
Preparação Militar
Relatórios da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA (DIA), divulgados em maio de 2025, sugerem que a China pode tentar tomar ilhas periféricas de Taiwan para pressionar Taipé e testar Washington. A modernização do Exército de Libertação Popular (ELP), com foco em capacidades anfíbias e aéreas, intensifica as preocupações. Hegseth citou a necessidade de uma dissuasão robusta, com aliados como Japão, Coreia do Sul e Austrália ampliando gastos militares.
Críticas e Reações
A China, que também criticou o plano americano de escudo antimísseis “Domo de Ouro”, classificou as acusações como “exageradas”. Pequim argumenta que suas ações visam proteger interesses nacionais, enquanto os EUA buscam hegemonia. Analistas, como Hong Min, do Instituto Coreano para Unificação Nacional, alertam que a retórica americana pode escalar tensões, mas não há evidências de uma invasão iminente, como indicado por Lloyd Austin em 2022.
Implicações Globais
A escalada verbal ocorre em meio a disputas comerciais, com Trump ameaçando tarifas adicionais de 50% contra a China se Pequim não recuar de retaliações. O Indo-Pacífico, crucial para o comércio global, é palco de rivalidades estratégicas, com os EUA reforçando alianças como o QUAD (EUA, Japão, Índia, Austrália). A situação exige diplomacia cautelosa para evitar conflitos, enquanto a região observa o equilíbrio de poder.
Com informações de G1, Reuters, The Guardian