Interesse principal estaria em servidores com conhecimento sobre infraestrutura crítica e burocracia dos EUA
Funcionários de agências federais dos Estados Unidos, demitidos ou em estágio probatório, têm sido alvo de recrutamento por parte de China e Rússia, segundo a CNN. A emissora revelou que as tentativas de cooptação utilizam plataformas como o LinkedIn para atrair servidores frustrados com as demissões em massa promovidas pelo presidente Donald Trump e por Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge). O foco estaria em profissionais com conhecimento profundo sobre a infraestrutura crítica e a burocracia vital dos EUA.
Fontes familiarizadas com a inteligência americana alertam que esses funcionários, em um momento vulnerável, representam alvos atraentes para os serviços de inteligência adversários. Como resposta, integrantes da CIA têm discutido medidas para mitigar riscos. A diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, criticou duramente os funcionários que, segundo ela, estariam ameaçando a segurança nacional.
Enquanto isso, o Pentágono anunciou que mais de 5.000 servidores em estágio probatório podem ter seus contratos rescindidos em breve. A CIA também desligou mais de 20 oficiais após o fim de programas de diversidade, gerando uma série de processos judiciais.
Dados do Departamento de Eficiência Governamental mostram que quase 40% dos contratos cancelados por Trump não representarão economia para o governo, principal justificativa para as demissões. Além disso, um programa proposto por Elon Musk, chamado “Fork in the Road”, oferece demissões voluntárias com salários e benefícios até setembro. Contudo, uma decisão judicial recente suspendeu temporariamente a ampliação das demissões no Departamento de Defesa.