Internacional

China Condena Ataques de Israel ao Irã e Propõe Mediação para Evitar Escalada

Posicionamento Chinês

Em 18 de junho de 2025, a China condenou os ataques aéreos de Israel contra o Irã, iniciados em 13 de junho, classificando-os como uma “violação da soberania iraniana”. O ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, em ligações com seus homólogos iraniano, Seyed Abbas Araghchi, e israelense, Gideon Sa’ar, expressou “profunda preocupação” com a escalada e ofereceu Pequim como mediadora para evitar um conflito regional mais amplo. A posição foi reforçada pelo porta-voz Lin Jian, que destacou que a “diplomacia é a única saída” para a crise.

Para Entender de Forma Simples

Israel atacou instalações nucleares e militares do Irã, matando líderes e cientistas, o que levou Teerã a retaliar com mísseis contra Tel Aviv. A China, que mantém laços econômicos com ambos, critica Israel por iniciar o conflito e se coloca como uma “árbitra neutra”, tentando acalmar as tensões. É como um vizinho tentando apaziguar uma briga entre dois amigos, mas com interesses próprios em jogo.

Contexto da Oferta

Os ataques israelenses, parte da operação “Leão Ascendente”, visaram desmantelar o programa nuclear iraniano, matando 224 pessoas no Irã e 24 em Israel até 17 de junho. A China, que importa 11% de seu petróleo do Irã e tem investimentos no Oriente Médio, teme que a instabilidade eleve preços de energia e ameace sua influência regional. Wang Yi condenou a “força militar” como solução, propondo diálogo para resolver a questão nuclear iraniana.

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Motivações da China

Pequim vê uma oportunidade de ampliar sua influência diplomática, especialmente com a política “America First” de Donald Trump reduzindo o papel dos EUA. Em 2023, a China mediou um acordo entre Irã e Arábia Saudita, um raro sucesso que reforça sua ambição de ser uma “pacificadora global”. No entanto, especialistas, como Fernanda Brandão, do Mackenzie, questionam a capacidade chinesa de mediar um conflito tão complexo, dado seu alinhamento com Teerã e falta de influência direta sobre Israel.

Reações Internacionais

A oferta chinesa alinha-se com a da Rússia, que também condenou Israel e propôs mediação via Vladimir Putin. O Brasil, por meio do Itamaraty, criticou os ataques como “violação do direito internacional”, enquanto EUA e França apoiam Israel, com Trump elogiando a ofensiva, mas resistindo a envolvimento direto. A Liga Árabe e Omã condenaram Israel, reforçando a posição chinesa.

Desafios da Mediação

A China enfrenta obstáculos: sua proximidade com o Irã, incluindo fornecimento de produtos químicos para mísseis, levanta dúvidas sobre sua neutralidade. Além disso, sanções americanas contra empresas chinesas por comércio com Teerã complicam sua posição. Posts no X, como do @anadoluagency, indicam que Pequim busca evitar a “expansão do conflito”, mas sua influência sobre Israel é limitada, já que Tel Aviv depende mais dos EUA.

Impacto Potencial

Se bem-sucedida, a mediação chinesa poderia fortalecer sua imagem como potência diplomática, mas o risco de fracasso é alto. O conflito, que elevou o preço do petróleo em 9%, ameaça a economia global, incluindo o Brasil. Com Israel prometendo mais ataques e o Irã retaliando, a proposta de Pequim enfrenta um teste crucial, enquanto a região permanece à beira de uma guerra mais ampla.

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Fontes: Com informações de O Antagonista, CNN Brasil, Estadão, Brasil 247, Agência Brasil e posts no X.

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