A China desenvolveu o Honqi-19 (HQ-19), um sistema antimísseis avançado que pode interceptar ogivas nucleares e mísseis hipersônicos em altitudes de até 600 quilômetros, segundo a imprensa asiática nesta quarta-feira, 19 de março de 2025. Conforme o South China Morning Post (SCMP), o equipamento integra a estratégia de defesa do país contra ameaças balísticas de curto e médio alcance.
O Honqi-19, também chamado de Bandeira Vermelha-19, é projetado para proteger o território chinês de mísseis balísticos, incluindo os capazes de carregar ogivas nucleares. Especialistas citados pelo SCMP afirmam que ele detecta, rastreia e neutraliza alvos hipersônicos, com alcance vertical estimado entre 500 e 600 quilômetros e horizontal superior a 200 quilômetros. Esses números o colocam acima do sistema americano THAAD, que atinge alvos a até 150 quilômetros de altitude e 200 quilômetros de alcance.

O desenvolvimento do HQ-19 começou em 2010, com testes bem-sucedidos anunciados em 2023. Apesar disso, detalhes técnicos sobre radares, sensores ou plataformas de lançamento não foram revelados oficialmente. O sistema deve se integrar a outros equipamentos chineses, como os mísseis HQ-9 e radares de longo alcance, fortalecendo a defesa antimíssil do país.
Analistas destacam que o HQ-19 responde ao crescente desafio dos mísseis hipersônicos, cuja velocidade e manobrabilidade dificultam a interceptação por defesas tradicionais. A China busca reforçar sua capacidade aeroespacial em um contexto de tensões na Ásia-Pacífico, marcado pela presença militar estrangeira.
Não há informações sobre produção em massa, distribuição nas Forças Armadas ou possível exportação. A mídia estatal chinesa também não comentou os relatos. Já o THAAD, usado pelos EUA e aliados como Japão e Coreia do Sul desde 2008, serve como referência, mas fica aquém das capacidades declaradas do HQ-19.
O avanço chinês pode alterar o equilíbrio estratégico regional, influenciando decisões de segurança e cooperação militar. Até agora, governos ocidentais não se pronunciaram oficialmente, e o desenvolvimento do sistema continuará sob escrutínio internacional.
Redação com informações de O Cafezinho