Declarações Antigas de Secretário de Saúde de Trump Vêm à Tona e Geram Polêmica nos EUA
A Gênese da Polêmica: Vacinas, Raça e Prioridade
Declarações controversas feitas no passado por Robert F. Kennedy Jr., o atual Secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA na administração Trump, ressurgiram nas redes sociais, gerando uma nova onda de críticas e polêmica. Durante a pandemia de Covid-19, RFK Jr. alegou que pessoas negras têm uma imunidade melhor do que as de outras etnias e, com base nisso, sugeriu que deveriam ter uma prioridade menor na fila de vacinação.
Na época, ele defendeu que, por conta dessa suposta superioridade imunológica, a população branca deveria ser vacinada primeiro. A retomada dessas falas em plataformas como o Reddit provocou indignação, com muitos apontando a natureza anticientífica e racista do comentário. A controvérsia ganha um peso maior agora que Kennedy ocupa um dos cargos mais importantes da saúde pública mundial.
A Base Científica Inexistente e o Histórico Racista
Especialistas da área médica rechaçam veementemente a alegação de RFK Jr., afirmando que não há nenhuma evidência científica que sustente a ideia de que a imunidade varia de forma tão simplista com base na cor da pele. Pelo contrário, a sugestão de Kennedy ecoa um histórico doloroso de pseudociência e racismo na medicina, que no passado incluiu falsas alegações de que pessoas negras sentiam menos dor, justificando experimentos antiéticos e tratamento inadequado.
A fala do atual secretário é vista não apenas como um erro científico, mas como a repetição de um tropo perigoso que já serviu de base para a discriminação e a negligência na saúde. Durante o período da pandemia, ele promoveu ativamente a ideia de que crianças negras não deveriam seguir o mesmo calendário vacinal que as brancas, uma posição sem qualquer respaldo da comunidade científica.
A Reação e a Contradição do Secretário
A volta da polêmica gerou reações imediatas. Richard Besser, CEO de uma fundação de saúde sem fins lucrativos, expressou profunda decepção com o fato de o secretário de saúde do país ter um histórico de declarações “falsas e racistas”. As críticas destacam a preocupação de ter um líder com um passado de promoção de desinformação no comando de políticas públicas essenciais.
A figura de Kennedy é marcada por contradições. Embora tenha sido rotulado como “antivacina” e lidere uma organização sem fins lucrativos que vende produtos com slogans antivacinação, ele afirma publicamente que apoia a “boa ciência” e as vacinas. No entanto, o ressurgimento de suas antigas declarações lança sérias dúvidas sobre seu discernimento e sua capacidade de liderar o sistema de saúde de forma equitativa e baseada em evidências, aprofundando o debate sobre a influência da ideologia na ciência dentro do governo americano.
Da redação com informações de Inquisitr
Redação do Movimento PB [GME-GOO-05082025-1053-15P]