Internacional

Desafio Furtivo: Caça J-20 da China Testa Defesas do Japão e Coreia em Voo Secreto

O Voo Fantasma sobre o Estreito de Tsushima

Em uma jogada audaciosa no xadrez aéreo da Ásia-Pacífico, a China afirmou que seu caça de quinta geração, o Chengdu J-20 “Mighty Dragon”, sobrevoou o Estreito de Tsushima — um dos espaços aéreos mais vigiados do mundo — sem ser detectado pelos sofisticados sistemas de defesa do Japão e da Coreia do Sul. A informação, divulgada pela mídia estatal chinesa, representa uma clara demonstração de capacidade furtiva e um desafio direto à hegemonia militar dos EUA e seus aliados na região.

Segundo a emissora CCTV, a aeronave teria realizado patrulhas não apenas sobre o estreito, que liga o Mar do Japão ao Mar da China Oriental, mas também próximo a Taiwan. Até o momento, nenhuma autoridade japonesa, sul-coreana ou norte-americana confirmou publicamente ter rastreado ou interceptado o caça. Este silêncio alimenta a narrativa de Pequim de que seu avião-fantasma penetrou com sucesso uma densa malha de radares e sistemas de mísseis, como o Patriot e os navios Aegis.

Um Recado para a “Primeira Cadeia de Ilhas”

O voo, se confirmado, é muito mais do que um feito técnico; é uma mensagem estratégica. Comentaristas militares chineses interpretam a missão como um desafio direto à estratégia de contenção dos EUA, baseada na chamada “primeira cadeia de ilhas”. Essa linha de contenção geoestratégica, que se estende do Japão às Filipinas e Malásia, foi desenhada desde a Guerra Fria para frear a expansão naval e aérea da China.

Ao operar um caça furtivo dentro desta barreira defensiva, Pequim sinaliza que possui a capacidade de projetar poder aéreo em zonas antes consideradas seguras para as forças aliadas. O Estreito de Tsushima, palco de uma batalha naval histórica em 1905, torna-se novamente uma área de atrito tecnológico, onde a disputa agora é pela supremacia invisível aos radares.

A Nova Realidade da Superioridade Aérea

Este evento sublinha uma mudança mais ampla no equilíbrio de poder militar na região. A força aérea chinesa já ultrapassa 2.100 aeronaves de combate e um número crescente de J-20. Estes caças estão armados com mísseis ar-ar de longo alcance, como o PL-15, projetados especificamente para ameaçar plataformas de suporte cruciais dos EUA, como aviões de reabastecimento (KC-135) e de alerta aéreo antecipado (AWACS).

A vulnerabilidade desses ativos de suporte é o calcanhar de Aquiles da força aérea americana, pois caças como o F-35 e o F-22 dependem deles para operar em longas distâncias. Conscientes do risco, os Estados Unidos já aceleram o desenvolvimento de sua próxima geração de caças, o programa NGAD (Next Generation Air Dominance), em uma corrida para não perder a superioridade aérea que mantiveram por décadas. A era da dissuasão regional entrou em uma nova e perigosa fase.

Da redação com informações de Cavok

Redação do Movimento PB [GME-GOO-02082025-1600-15P]

Compartilhar: