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EUA Elevam Alerta e Pedem Saída Imediata de Cidadãos da Venezuela em Meio a Tensões Crescentes

EUA Elevam Alerta e Pedem Saída Imediata de Cidadãos da Venezuela em Meio a Tensões Crescentes
EUA Elevam Alerta e Pedem Saída Imediata de Cidadãos da Venezuela em Meio a Tensões Crescentes

O governo dos Estados Unidos intensificou seu alerta de viagem para a Venezuela nesta quarta-feira, 3, instruindo enfaticamente todos os cidadãos norte-americanos, incluindo aqueles com passaportes venezuelanos, a deixarem o país “imediatamente”. A medida reflete uma deterioração contínua das condições de segurança e a ausência de capacidade consular para apoiar seus nacionais.

Risco Elevado e Ausência de Suporte Consular

O Departamento de Estado dos EUA atualizou suas diretrizes, desaconselhando qualquer viagem à Venezuela “por nenhum motivo”. A justificativa para a severa recomendação inclui:

  • Alto risco de detenção indevida e tortura durante a detenção.
  • Ameaças de terrorismo e sequestro.
  • Aplicação arbitrária das leis locais.
  • Crescente criminalidade e agitação civil.
  • Infraestrutura de saúde precária.

Desde março de 2019, os Estados Unidos retiraram todo o pessoal diplomático de sua embaixada em Caracas, suspendendo todas as operações consulares. Isso significa que serviços de emergência e assistência consular de rotina permanecem suspensos por tempo indeterminado, deixando os cidadãos americanos sem apoio direto no país.

Orientações para Quem Permanece

Para aqueles que, apesar do alerta, optam por permanecer na Venezuela ou têm planos de viajar, o Departamento de Estado emitiu recomendações cruciais, que sublinham a gravidade da situação:

  • Preparar um testamento e designar beneficiários de seguro.
  • Elaborar um plano de comunicação robusto com a família.
  • Considerar a contratação de uma organização de segurança profissional.

Contexto de Tensões Crescentes

A orientação surge em um momento de escalada significativa nas tensões entre Washington e Caracas. Desde setembro, os EUA têm conduzido uma campanha militar sem precedentes no Caribe e no Pacífico, com bombardeios direcionados a lanchas supostamente ligadas ao narcotráfico. Essas operações já resultaram em mais de 80 mortes, gerando críticas de que equivalem a execuções extrajudiciais.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tem denunciado a mobilização militar, alegando que o verdadeiro objetivo dos EUA é derrubá-lo do poder e se apropriar das vastas riquezas petrolíferas do país.

Recentemente, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, reforçou a gravidade da situação ao afirmar que companhias aéreas e pilotos deveriam considerar o espaço aéreo venezuelano como “totalmente fechado”. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, por sua vez, declarou há poucos dias que os Estados Unidos estão “apenas começando” os ataques contra embarcações na região, indicando que a pressão sobre o regime de Maduro deve prosseguir.

Da redação do Movimento PB.

[MPBAI | MOD: 2.5-FL | REF: 69321019]