Kremlin e assessores de Trump alertam sobre risco de guerra nuclear

Ataque de drones da Ucrânia contra aeronaves nucleares russas gera pressão para reduzir apoio americano a Kiev

Putin promete retaliar após ataque sem precedentes

Vladimir Putin alertou que a Rússia responderá aos ataques de Kiev contra aeronaves com capacidade nuclear em aeroportos militares. O ataque de drones ucraniano do último fim de semana danificou mais de 40 aviões russos, incluindo bombardeiros pesados Tu-95 e Tu-22M usados para lançar mísseis de cruzeiro contra cidades ucranianas. Essas aeronaves também podem carregar armas com ogivas nucleares, integrando a tríade nuclear russa.

Assessores pressionam Trump por redução de apoio

Kirill Dmitriev, chefe do fundo soberano russo e importante intermediário entre o Kremlin e o enviado de Trump, Steve Witkoff, classificou o ataque ucraniano como investida contra “ativos nucleares russos”. Figuras próximas ao movimento MAGA alertaram sobre potencial terceira guerra mundial, com Dmitriev escrevendo que “comunicação clara é urgente – para compreender a realidade e os riscos crescentes antes que seja tarde demais”.

Influenciadores conservadores condenam ataques ucranianos

Steve Bannon comparou o ataque de drones à investida japonesa em Pearl Harbor, enquanto Charlie Kirk escreveu que “estamos mais próximos da guerra nuclear do que estivemos desde o início em 2022”. Após conversa telefônica com Putin, Trump declarou que o presidente russo “disse, muito firmemente, que terá que responder ao recente ataque aos aeroportos”.

Enviado de Trump alerta sobre escalada nuclear

Keith Kellogg, enviado de Trump para Ucrânia e Rússia, disse à Fox News que “os níveis de risco estão subindo muito”. Ele explicou que atacar parte da tríade nuclear do oponente eleva o nível de risco porque “você não sabe o que o outro lado vai fazer”. Kellogg também repetiu rumores não confirmados de que a Ucrânia teria atingido a frota nuclear russa em Severomorsk.

Histórico de ameaças nucleares para limitar apoio ocidental

Não é a primeira vez que preocupações sobre uso de armas nucleares russas são usadas para moderar apoio americano à Ucrânia. Em setembro de 2022, quando forças de Moscou foram derrotadas perto de Kharkiv e no sul em Kherson, autoridades russas sinalizaram que o Kremlin considerava usar arma nuclear tática, com funcionários americanos estimando 50% de chance de uso nuclear caso linhas russas colapsassem.

Com informações de The Guardian, Fox News