Internacional

Irã ataca base dos EUA no Catar em retaliação simbólica

Ataque iraniano a base americana, avisado com antecedência, teve caráter ensaiado, com mísseis interceptados.

Resposta calculada do Irã

Na segunda-feira, 23 de junho de 2025, o Irã lançou seis mísseis balísticos contra a base americana de Al Udeid, no Catar, em retaliação aos ataques dos EUA a instalações nucleares iranianas em 21 de junho. Autoridades iranianas informaram o Catar e os EUA com horas de antecedência, segundo o New York Times, indicando que a ofensiva foi planejada para ser simbólica, com todos os mísseis interceptados e sem danos ou vítimas.

Contexto da operação

A base Al Udeid, maior instalação militar dos EUA no Oriente Médio, abriga mais de 10 mil soldados. O ataque seguiu bombardeios americanos a Fordow, Natanz e Esfahan, descritos por Donald Trump como “sucesso histórico”. O Irã, que já usou táticas semelhantes em 2020 ao avisar o Iraque antes de atacar bases americanas, busca equilibrar uma resposta interna sem escalar o conflito.

Sinais de encenação

O aviso prévio permitiu que o Catar fechasse seu espaço aéreo e a embaixada americana orientasse cidadãos a buscar segurança. Imagens de satélite mostram a base quase vazia, com apenas uma aeronave presente. Posts no X sugerem que o ataque foi um “show pirotécnico” para o público iraniano, evitando fraqueza sem provocar uma nova ofensiva americana.

Narrativas em conflito

Internamente, o Irã destaca a ação como prova de força, com o aiatolá Ali Khamenei publicando uma imagem de uma bandeira americana em chamas no X, afirmando que “não aceita agressões”. Já Trump, reunido na Sala de Crises, agradeceu o aviso prévio e monitora a situação, enquanto mantém a retórica de pressão por um acordo nuclear.

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Impactos e perspectivas

O ataque, com efeito militar nulo, mantém aberta a via diplomática, mas a troca de ameaças entre Trump e Khamenei sinaliza tensões persistentes. No Brasil, o risco de alta nos preços do petróleo devido ao conflito preocupa, enquanto o Itamaraty defende negociações para evitar uma crise global.

Com informações de: G1, New York Times, Reuters.

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