Internacional

Israel e Autoridade Palestina Saudam Plano de Paz da ONU Baseado em Proposta de Trump

Na segunda-feira, 17 de novembro de 2025, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução apresentada pelos Estados Unidos que visa pôr fim à guerra na Faixa de Gaza. O plano, baseado na proposta de paz do ex-presidente americano Donald Trump, recebeu o apoio tanto do governo de Israel quanto da Autoridade Nacional Palestina (ANP), enquanto o Hamas rejeitou a iniciativa.

Aprovação e Reações Oficiais

Com 13 votos a favor e as abstenções da China e da Rússia, a resolução prevê o estabelecimento de uma Força de Segurança Internacional até dezembro de 2027. Esta força será responsável por assegurar as fronteiras de Gaza com Israel e o Egito, proteger civis, garantir corredores humanitários e treinar uma nova força policial palestina.

O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, agradeceu publicamente a Donald Trump pelo plano, que segundo eles é uma oportunidade para a paz e a prosperidade na região, ressaltando a importância da desmilitarização completa, do desarmamento e da desradicalização da Faixa de Gaza.

Além disso, Israel convocou seus vizinhos para retornarem aos Acordos de Abraão, proposta lançada no primeiro mandato de Trump para estimular a normalização das relações dos países árabes com Israel, com o objetivo declarado de fortalecer a estabilidade regional e expulsar o Hamas e seus apoiadores.

Posição da Autoridade Nacional Palestina

A presidência da ANP comemorou a adoção da resolução e reforçou a necessidade de sua implementação imediata, com base no direito do povo palestino à autodeterminação e ao estabelecimento de seu Estado independente. A ANP expressou sua disposição de cooperar com os Estados Unidos, membros do Conselho, Estados árabes e islâmicos, União Europeia e ONU para aliviar o sofrimento da população tanto na Faixa de Gaza quanto na Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Rejeição do Hamas e Perspectivas

O Hamas, governo de fato na Faixa de Gaza e considerado organização terrorista por EUA, UE e outros, rejeitou a resolução. O grupo denunciou que a imposição de uma força internacional não seria neutra e comprometeria a resistência palestina, acusando o plano de servir para impor uma tutela na região favorecendo a ocupação israelense.

Para o embaixador dos EUA na ONU, Mike Waltz, a resolução abre caminho para uma Gaza estável e próspera, além de um ambiente seguro para Israel. Já o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Johann Wadephul, classificou a aprovação como uma “boa notícia”, destacando a disposição da Alemanha para contribuir na reconstrução da Faixa de Gaza.

Desafios Futuros e Implicações Regionais

O plano aprovado tenta conjugar interesses divergentes ao propor a desmilitarização de Gaza, a criação de uma força internacional e o treinamento de forças policiais locais, desenhando um formato de segurança e governança que possa substituir o atual cenário marcado por conflitos frequentes.

Porém, os obstáculos permanecem, principalmente pela rejeição do Hamas, o que poderá dificultar a implementação prática dos termos da resolução. A dinâmica futura dependerá da capacidade da comunidade internacional e das partes envolvidas de negociar mecanismos que equilibrem segurança, soberania e direitos dos palestinos.

Este momento representa uma nova etapa nos esforços de pacificação do Médio Oriente, trazendo à tona temas cruciais como soberania, autodeterminação e a importância do multilateralismo para a estabilidade regional.


[Da redação do Movimento PB]
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