Internacional

Israel First: Netanyahu anuncia indústria bélica independente para garantir autossuficiência militar

Diante de “isolamento diplomático” e da guerra em Gaza, premiê afirma que país precisa se defender por conta própria e mira em uma economia com “características autárquicas”.

Em um movimento que sinaliza uma profunda mudança estratégica na política de defesa de Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou a criação de uma indústria bélica independente e autônoma. A declaração, feita durante uma conferência do Ministério das Finanças, tem como objetivo claro garantir que o país possa manter sua capacidade de defesa a longo prazo, mesmo diante de um cenário de crescente restrição no fornecimento de armas pela comunidade internacional.

O anúncio vem em um momento de extrema tensão, com a intensificação das operações militares israelenses na Faixa de Gaza. Netanyahu justificou a medida drástica reconhecendo que Israel enfrenta uma “espécie de isolamento” diplomático que pode se estender por anos. A mensagem é inequívoca: o país está se preparando para se defender por conta própria, sem depender de alianças externas. “Queremos produzir primeiro para nós mesmos, em uma escala muito maior e com inovação inimaginável”, estabeleceu o premiê como condição fundamental para o projeto.

Para sustentar essa virada rumo à autossuficiência, Netanyahu aposta na força da economia israelense, que ele descreveu como “forte e inovadora”. No entanto, ele indicou que o modelo econômico também precisará se adaptar, desenvolvendo o que chamou de “características autárquicas”. Em outras palavras, Israel buscará se tornar mais autossuficiente e menos dependente do comércio externo, uma estratégia de blindagem econômica para suportar o isolamento político e as pressões internacionais.

Apesar da contundência do anúncio, o governo israelense não forneceu detalhes sobre cronogramas, valores de investimento ou quais tipos de armamentos terão prioridade na nova fase industrial. A iniciativa, por ora, funciona mais como uma poderosa declaração política do que um plano de ação concreto. É a formalização de uma doutrina de autoconfiança em um momento em que Israel percebe que sua margem de manobra no cenário global está diminuindo, forçando a nação a encontrar em si mesma os meios para garantir sua sobrevivência.

Redação do Movimento PB [NMG-OGO-18092025-G2H5I1-13P]


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